Ambulantes e camelôs pelo país estão recorrendo a cestas básicas, ajudas de familiares e qualquer atividade complementar que permita arrecadar algum dinheiro ou alimento a mais no atual cenário de crise do trabalho informal trazido pela pandemia de covid-19. A categoria é diretamente impactada pela diminuição do movimento nas ruas e viu suas dificuldades aumentarem com as novas restrições que impedem a atuação desses profissionais em parte das cidades e estados do país.

A paraguaia Blanca Ramona Vera, que trabalha com um carrinho de açaí no Centro de São Paulo, é uma das que sobrevivem com doações de cestas básicas. Seu trabalho permitia pagar sua alimentação e os R$ 200 de um aluguel em edifício ocupado em São Paulo, onde mora com o marido, Geova, e os quatro filhos deles. Com a paralisação, a renda desapareceu. O que surgiu, no lugar, foi a coragem de pedir ajuda. “A gente mora perto do Mercadão e pede alimentos lá. Se alguém deixa cair algo do carrinho a gente pega. Vamos levando até essa situação passar”, conta.

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