O Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) confirmou, nesta quarta-feira (10), que identificou no estado a circulação de uma nova cepa do coronavírus. Segundo o secretário de saúde do estado, Geraldo Medeiros, trata-se da variante P1, identificada originalmente no Amazonas e que tem uma maior capacidade de infecção.

Conforme o secretário, três pacientes foram confirmados com esta variante, que já circulava no estado antes da chegada dos primeiros pacientes transferidos do Amazonas, em 17 de janeiro. A confirmação aconteceu após o sequenciamento genético de amostras com alta carga viral. Em janeiro, o Lacen-PB também identificou a circulação da mutação E484K, originária da África do Sul, classificada como linhagem P2.

“Em janeiro, recebemos mais resultados de sequenciamento que demonstram o avanço da linhagem P2 no estado da Paraíba, bem como a linhagem P1, recentemente identificada como variante amazônica. Estudos sugerem que tanto a linhagem P1 quanto a linhagem P2 têm maior capacidade de transmissão entre infectados. A identificação de circulação de novas linhagens no território da Paraíba é de extrema importância para possibilitar a tomada de decisões rápidas no enfrentamento da pandemia”, diz Geraldo.

O monitoramento das amostras que fazem parte da rede nacional de sequenciamento genético para vigilância em saúde está sendo feito pelo Lacen-PB junto com a Gerência Executiva de Vigilância em Saúde do Laboratório de Vigilância Molecular Aplicada (Lavimap) da Escola Técnica de Saúde da UFPB.

Casos identificados da linhagem amazônica do novo coronavírus na Paraíba:

Caso 1 – No dia 14 de janeiro, a vigilância epidemiológica municipal de João Pessoa sinalizou um caso que atendia aos critérios para o sequenciamento genético, por se tratar de um homem de 79 anos que esteve em Manaus e chegou na Paraíba com sintomas.

Caso 2 – Também em João Pessoa, a vigilância epidemiológica municipal monitorou um caso secundário ao caso 1, sendo em um homem de 24 anos que teve início dos sintomas em 10 de janeiro.

Caso 3 – O terceiro caso seguiu para o sequenciamento por causa da alta carga viral. Trata-se de uma mulher, de 24 anos, residente em João Pessoa, que teve início dos sintomas em 10 de janeiro. Ela não teve contato com as pessoas dos casos 1 e 2.

G1 PB

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