A investigação conduzida pela Polícia Federal no âmbito da Operação Coactum apura a suspeita de abuso de poder econômico por parte do candidato a vice-prefeito de São Bento pelo Republicanos, Rafinha Banana, nas eleições deste ano. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, uma metralhadora foi apreendida.

De acordo com o relatório que o Portal MaisPB teve acesso, as primeiras diligências realizadas no processo apontam que o grupo político de Rafinha estaria constrangendo eleitores “através de grave ameaça, com uso de arma de fogo, afim de obter votos para si, bem como estaria fornecendo dinheiro a eleitores”.

“O poderio econômico do candidato estaria o permitindo realizar distribuição de dinheiro em espécie, na cidade de São Bento, com a manifesta intenção de realizar a compra de votos e tanto ele, quanto pessoas que são ligadas, estariam trafegando armados pela cidade, com o intuito de constranger eleitores, para a manifesta finalidade de obtenção de votos, conforme fotografias e videos anexados à representação, onde supostamente aparecem amigos, parentes e apoiadores do investigado, conforme quatro nomes de pessoas mencionados na representação”, diz a Polícia Federal.

Em manifestação encaminhada à Justiça Eleitoral, a PF também, apontou um caso em que aliado de Rafinha Banana estava fazendo campanha portando arma de fogo e, que, apesar do registro na condição de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador), o revólver não poderia ser usado em locais com aglomeração, nem com consumo de bebidas alcóolicas.

Ainda segundo a PF, o candidato a vice-prefeito trata-se de “um empresário bem-sucedido no ramo de empresa de apostas, em sociedade com terceira pessoa, contudo, teria havido a cisão da sociedade, por questões financeiras, ficando cada um com uma empresa própria. Ainda, o representado, já teria sido destaque na imprensa local, em 2022, por ganhar mais de doze milhões de reais em apostas no ramo da política. Agora, em 2024, estaria apostando um prédio de dois pisos e 600m2 na vitória da oposição”.

Ao autorizar os mandados de busca e apreensão, a 69ª Zona Eleitoral de São Bento disse que a medida se fazia necessária para “ser confirmado com o resultado exitoso das buscas e outros elementos probatórios que demonstrem o real envolvimento de todos nos crimes referidos”.

MaisPB

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