Polícia descobre cativeiro usado no sequestro de empresário e prende segundo suspeito
A Polícia Civil da Paraíba prendeu, nesta terça-feira (17), o segundo integrante do grupo responsável pelo sequestro e extorsão de um empresário no momento em a vítima chegava em sua residência, no bairro Santo Antônio, em Campina Grande, Agreste paraibano. O caso ocorreu no último dia 8 de setembro, em um domingo, por volta das 19h.
A Delegacia de Roubos e Furtos de Campina Grande informou que foram cumpridos três mandados de busca domiciliar e um de prisão preventiva contra o investigado, de 54 anos. Ainda na terça (17), a polícia conseguiu localizar o local usado pelo grupo como cativeiro em uma propriedade rural no Sítio Quicé, na cidade de Lagoa Seca, também no Agreste da Paraíba.
Segundo as investigações, o homem preso é dono da propriedade e é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), detentor de licença para possuir arma de fogo. Entretanto, a polícia disse que as armas não foram encontradas nos imóveis objetos de busca, razão pela qual também fora preso em flagrante, no Bairro Cruzeiro, em Campina Grande, pela prática de crime contra o Estatuto do Desarmamento (ocultação de arma de fogo de uso permitido).
A suspeita é que armas de fogo estejam em poder dos demais integrantes do grupo criminoso. O preso nesta terça-feira (17) segue na Central de Polícia de Campina Grande e posteriormente será recambiado ao sistema prisional.
O primeiro suspeito de participar do sequestro do empresário foi preso no último domingo (15). Após as investigações, a polícia teve acesso às imagens dos carros que participaram do sequestro e conseguiu identificar um dos acusados como sendo proprietário de um dos veículos. Na casa do suspeito foram apreendidos o carro, armas de fogo e celulares.
“O suspeito já foi alvo da Polícia Federal no ano passado por tráfico de drogas e organização criminosa”, explicou Elizabeth Beckman.
De acordo com a delegada Elizabeth Beckman cerca de três a quatro homens participaram do sequestro e a vítima chegou a passar 20h com o grupo em um cativeiro. O empresário foi liberado na região do Arco Metropolitano de Campina Grande.
A polícia informou que o grupo queria um valor de R$ 50 milhões de reais para liberar a vítima e que encaminharam um vídeo por meio de um aplicativo de mensagem para o filho do empresário, onde ele aparecia com os pés e mãos amarrados e ao lado um dos suspeitos segurando uma arma. A negociação teria continuação por meio de mensagens entre o grupo e o filho da vítima.
No boletim de ocorrência registrado mostra que a família conseguiu pagar uma parte da quantia exigida pelos criminosos “Os bandidos exigiam R$ 50 milhões, a família não tinha esse valor para pagar, mas pagou um valor considerável”, disse a delegada Elizabeth Beckman.
As investigações continuam em busca da identificação dos demais integrantes do grupo.
Imagens mostram a prisão do primeiro integrante
Blog do Márcio Rangel