O adolescente de 16 anos apreendido por confessar ter assassinado sua família descreveu os crimes com extrema calma, conforme relatado pelo delegado Roberto Afonso em uma entrevista à repórter Paola Patriarca, transmitida pela TV Globo.

“Quando ele foi entrevistado pela primeira vez, ele parecia calmo, no entanto, acabou por confessar o ocorrido. A questão do remorso é algo complexo de se estabelecer aqui. É difícil de acreditar que alguém seria capaz de matar os próprios pais e ainda assim estar tranquilo o suficiente para falar sobre isso. Sempre um caso impactante”, disse o delegado.

Ainda segundo o delegado, será necessário realizar um exame de sanidade mental para determinar se o garoto estava em plena capacidade mental quando cometeu o ato de matar seus familiares. “Porque nós também utilizamos o critério biológico para o menor de idade. Então, é um critério para política criminal. Leva-se em consideração o momento mental do adolescente, isso tudo tem que ser analisado, sem dúvida, com muita seriedade. O Ministério Público fará isso e vamos aguardar o laudo”, acrescentou.

O delegado explicou que a solicitação do exame de rigidez é uma medida que a polícia pode tomar de forma proativa, sem a necessidade de esperar o período de três anos de internação do adolescente na Fundação Casa. Ele enfatizou que o exame pode ser realizado o mais cedo possível para determinar as condições que possam influenciar a decisão sobre a penalização ou não do adolescente, especialmente se ele apresentar algum problema específico.

Jovem afirmou que gostava da irmã
O adolescente afirmou em depoimento à Polícia Civil que gostava da irmã, mas que atirou nela porque acreditava que ela poderia impedi-lo de matar a mãe.

“Ele fala que deu um tiro na nuca do pai. Aí a irmã ouviu o disparo, e ele acessou o primeiro andar e efetuou um disparo no rosto da irmã. Aguardou a mãe chegar. A mãe chegou, e ele fez mais um disparo. Acertou a mãe. No dia seguinte, ele ainda pegou a faca e ainda esfaqueou a mãe porque ainda sentia raiva”, disse a autoridade policial à repórter.

Polêmica PB

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