Nessa quinta-feira, 21, a Prefeitura de Campina Grande foi surpreendida pela visita do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP) com o embargo da obra de construção do primeiro cinema da educação do Brasil, prédio do antigo Cine Capitólio, localizado no centro da cidade.

O embargo se deu por causa de uma marquise que fica de frente ao prédio. Ela estava deteriorada, com infiltrações, e foi descoberto, no decorrer da obra, que não ficava apenas na parede da fachada para frente, mas se alargava no interior do prédio e fazia parte da laje.

“Logo ao entrar, tinha um primeiro andar que era a laje e ela tinha continuidade para fora do equipamento, sendo justamente a marquise, coisa que só se percebeu com o andamento da obra. O IPHAEP autorizou a demolição da parte interna e, por estar vinculada à marquise, esta também ficou inviável”, disse o Secretário de Educação do Município, Raymundo Asfora Neto.

A empresa que está executando a obra precisou retirar a marquise, já que oferecia risco de desabamento, para fazer a reconstrução do mesmo jeito que a marquise já existia.

“O que a gente tem ponderado é que não estava previsto no projeto, apenas na execução se detectou a necessidade de reconstruir aquela parte da obra. Não achamos que é razoável se parar uma obra inteira por causa de algo que não era previsto, dentro de uma requalificação que vai ficar exatamente com suas características originais”, disse Asfora.

A Prefeitura vai protocolar um recurso administrativo ao IPHAEP. “A gente estranha esse comportamento, primeiro porque não teve um diálogo, é chegar e embargar a obra. Foi isso que o governo do Estado fez por meio do IPHAEP. É por isso o nosso protesto. O Município também estuda a possibilidade de acionar a via judicial para que a obra não seja interrompida”, falou o Secretário.

PB Agora

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