Saiba como se proteger de golpes ao usar o sistema Pix
As primeiras operações do Pix, novo sistema instantâneo de pagamentos criado pelo Banco Central, começam nesta terça (3) e, por enquanto, serão restritas a clientes selecionados pelas instituições financeiras. Enquanto a novidade não chega para todo mundo, é importante entender como o sistema vai funcionar e ficar atento para a possibilidade de surgimento de novas modalidades de golpes financeiros. De acordo com o Procon de João Pessoa, algumas fraudes já ocorreram durante o cadastramento da chave que dá acesso ao Pix.
“O consumidor deve ter certeza de que está na plataforma oficial do banco ou da financeira com a qual deseja realizar o cadastramento da chave. As instituições financeiras não pedem senhas ou código de validação da transação fora de seus canais oficiais digitais”, alerta o Procon-JP.
Ainda conforme o serviço de Proteção e Defesa do Consumidor, é preciso atenção às mensagens de texto, e-mail e mensagens enviadas via WhatsApp que são parecidas com as dos bancos e instituições financeiras, utilizadas pelo consumidor. O Procon indica que clientes de bancos não cliquem em links antes de checar a origem das mensagens, principalmente links curtos. Outra atenção é quanto a fornecer senhas fora do aplicativo ou site oficial do banco. Isso também vale para o contato telefônico.
“Em circunstância nenhuma o consumidor deve compartilhar código de verificação, seja por mensagem recebida via WhatsApp, e-mail ou por mensagens de texto no celular. Outra medida de segurança é quanto a verificação do número de onde veio a mensagem, principalmente se for de um número desconhecido ou privado. Outra dica é quanto a checar se o remetente tem o mesmo endereço oficial do banco. Também desconfie de promoções muito ‘generosas’ e, nesse caso, o melhor é desconsiderá-la completamente”, reforça o Procon-JP.
Sites falsos
De acordo com o Procon-JP, com base em dados de empresas de segurança digital, já foram detectados no Brasil mais de 60 sites falsos que usam técnicas conhecidas para o roubo de informações, a exemplo de usar uma isca, nesse caso o Pix, para que o consumidor repasse seus dados pessoais. Isso pode ocorrer com promoções muito vantajosas e cadastro falso.
“A única forma de evitar ser vítima de golpes é apenas utilizar as plataformas do banco ou da financeira mesmo que tenha recebido mensagem através de e-mail, SMS ou WhatsApp da instituição financeira. Quando abrir o site oficial, observe os procedimentos de cadastramento e siga as instruções ao pé da letra”, crava o Procon-JP.
Em caso de dúvidas, o consumidor pode entrar em contato com o Procon-JP pelo telefone 0800-083-2015 ou pelo e-mail procon@joãopessoa.pb.gov.br.
Como funciona o Pix
O novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas é gratuito para pessoas físicas e permite um acesso mais simples que os serviços existentes até agora, podendo ser acessado sem restrições e em qualquer dia e hora da semana, com as transações compensadas instantaneamente. As transações podem ser feitas por meio de aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores.
Desde o último dia 5 de outubro que os bancos estão cadastrando chaves de acesso a uma conta bancária para quem vai utilizar o Pix. Podem ser usados como chaves o CPF, CNPJ, o número do celular, e-mail ou um código com 32 dígitos gerados especificamente para o Pix, o EVP, que permite receber pagamentos sem informar nenhum dado pessoal, possibilitando, ainda, a geração de códigos de barra do tipo QR Code, que podem ser lidos por câmeras de celular para efetuar o pagamento.
Portal Correio