A decisão do PT de João Pessoa em cravar uma pré-candidatura a prefeito de João Pessoa em 2024 não foi bem digerida pelo presidente do partido na Paraíba, Jackson Macêdo. Em contato com o autor do Blog, Macêdo avalia que a decisão foi “absurda”.

Para o dirigente partidário, “antecipar o debate sobre 2024 é um erro grosseiro da direção municipal”, já que a executiva presidida por Antônio Barbosa tem validade até o segundo semestre deste ano.

“Não é essa direção municipal que vai coordenar as eleições de 2024. O PT faz parte de uma federação. PV e PCdoB estão envolvidos nesse processo. É um absurdo querer cravar agora já em 2023 que vai ter candidato e já dizer quem são os nomes, isso é uma loucura. Uma insanidade política, para não dizer uma irresponsabilidade. Acho um equívoco”, avaliou.

Jackson afirmou que o assunto ainda não está em pauta no diretório estadual. Para este ano, a prioridade é ampliar o número de filiados para disputas majoritárias e proporcionais no próximo ano.

“Na minha opinião, a gente está numa federação. Estamos numa aliança com João Azevêdo, com o PSB e outros partidos. Esse campo tem que estar junto em 2024, porque o bolsonarismo não morreu em João Pessoa. Nós temos que estar juntos entorno do projeto. Acho pouco provável que o PT tenha um nome que consiga unificar. Esse debate é um Déjà vudo que aconteceu em 2020, esse filme eu já vi. Candidatura própria de todo jeito. Colocaram Anísio Maia e o resultado o que foi? Um desastre. Isso não pode se repetir. Tenho todo carinho por Cida, Estela, Luciano Cartaxo… Mas não podemos deixar que o PT passe por um vexame mais uma vez”, frisou.

Apesar de estar oficialmente na oposição ao prefeito Cícero Lucena, Jackson disse que não pode ser descartada a possibilidade de apoiar o gestor, caso ele mude de partido. Saindo do PP para uma sigla com diretriz voltada à esquerda.

“Se Cícero Lucena se filiar a um partido que esteja nesse campo, qual o problema de colocar a candidatura dele na mesa? O PT está na oposição a Cícero, é o único partido que faz oposição, mas se ele se filiar a um novo partido, qual o problema de discutir?”, sugeriu

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