1º semestre: Meteorologista prevê que chuvas na PB podem ficar acima da média no Sertão, Cariri e Curimataú
Em entrevista à imprensa a meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) do estado da Paraíba, Marle Bandeira, trouxe uma previsão de chuvas, para esse primeiro trimestre na Paraíba, onde destaca que de janeiro a março, a previsão é de que ocorram chuvas dentro da normalidade a acima da média para o semiárido paraibano, o qual abrange as regiões do Alto Sertão, Sertão e parte do Cariri/ Curimataú.
Já para as demais regiões como Litoral, Brejo e Agreste, a previsão é de que os índices pluviométricos ocorram dentro da normalidade e dentro dos limites históricos relativos à média histórica. A variação dos totais pluviométricos é considerada dentro da faixa de normalidade quando apresenta volumes entre -25% a +25%, conforme relatório apresentado pela Aesa. No prognóstico climático para a Paraíba, a Aesa divulgou os índices de chuvas para cada região do estado, de janeiro a março de 2023. Para o Litoral paraibano, a previsão é de 354,0 milímetros de chuvas. Já para o Brejo é de 276,1. No Agreste, 198,0; Cariri/ Curimataú, 204,0; Sertão 385,6 e o Alto Sertão, 480,3 milímetros de índices pluviométricos. Nenhuma das regiões ultrapassa os valores acima dos 25%, que seria considerado acima da média histórica, encontrando-se dentro da normalidade. Segundo Bandeira, a previsão está dentro do esperado para época. Ela informou que é comum, durante o mês de janeiro, a ocorrência de chuvas isoladas, uma vez que este período faz parte da pré-estação chuvosa. Entretanto, o período em que o índice pluviométrico é maior, tornando as chuvas mais concentradas, está entre fevereiro a maio.
Desse modo, a previsão já contempla os meses tipicamente chuvosos para essas regiões, esclareceu a especialista. O Semiárido nordestino tem como característica a alta variabilidade de espaço e tempo dos índices pluviométricos. As chuvas, principalmente nessa região do semiárido, são muito irregulares, chovendo sempre mais numa região do que em outra, acrescentou a meteorologista. Por isso, em localidades com menos precipitações chuvosas, pode haver uma maior frequência de estiagem. Enquanto isso, nas áreas litorâneas ou serranas existe a possibilidade de ocorrer eventos extremos de chuva. “Portanto, é importante o monitoramento das condições oceânicas e atmosferas globais”, ressaltou.
Com relação à temperatura, como estamos na estação do verão, elas ficam mais altas em todo o estado. Nas regiões do Sertão, Alto Sertão, a máxima fica em torno de 37º a 38º. Já no Cariri/Curimataú temperatura aproximada é de 34º; no Agreste, 32º; Brejo, 31º e no Litoral a temperatura fica em torno de 34º. A máxima geralmente é registrada no período da tarde, informou Bandeira. As chuvas isoladas, típicas desta época, são as chamadas chuvas de verão. Elas são decorrentes de um sistema meteorológico chamado vórtice ciclônico de altos níveis que ocorre nesta época do ano, informou Bandeira. “Trata-se de uma circulação global de ventos na alta atmosfera, formando nuvens e trazendo chuvas, o que é típico desta estação”, explicou.
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