CRM-PB investiga se houve negligência médica em morte de criança no Hospital do Valentina, em João Pessoa
O Conselho de Medicina da Paraíba vai investigar se houve ou não neglicência médica na morte de Pyetro Feitosa, de 3 anos, que morreu no Hospital do Valentina, no dia 15 de dezembro, após ter dado entrada no atendimento e recebido alta hospitalar. O menino teve uma piora de saúde, retornou ao hospital, mas não resistiu.
Apesar de não ter recebido uma denúncia formal, devido a repercusão, o CRM-PB deu ínicio a uma sindicância para apurar o caso. Após essa sindicância, o CRM vai decidir se abre ou não um processo ético profissional.
A declaração de óbito, emitada pelo hospital, traz as informações de que a morte da criança foi causada por diarreia aguada, hipoglicemia refratária e disfunção de múltiplos órgãos.
“Ele estava sem fazer xixi, por isso levei ele. Ele não estava mais com febre, mas estava dizendo que a perna dele estava doendo. O médico examinou, fez exame de sangue, depois que o exame voltou, o meu filho estava tomando soro e o médico disse que ele estava de alta”, diz Leydye Daiany, mãe de Pyetro.
Na quarta-feira (14), o menino voltou com fortes dores abdominais e nas pernas. Ele foi conduzido à internação imediata, mas não demorou muito para ser dada a noticia da morte de Pyetro.
“A gente descobriu que a criança estava com pneumonia, infecção generalizada, rins parados. Já tava com a barriguinha grande, os lábios ficando roxos. Só mandaram ele para a UTI. Quando levaram para a sala vermelha, ele não resistiu”, diz Maria José, tia de Pyetro.
Em entrevista à TV Cabo Branco, a familia disse que iria entrar na justiça, responsabilizando o hospital pela morte do menino. Mas até o momento, nenhuma denúncia formal foi registrada.
A Polícia Civil informou que, em caso de suspeita de negligência médica, o primeiro passo é buscar uma delegacia para oficializar a suspeita. Então o corpo da vítima é conduzido à Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) para que seja feita a perícia e, assim, se possa dar sequência à investigação.
g1 paraíba