O empresário Ruan Ferreira de Oliveira, mais conhecido como Ruan Macário, que passou cerca de 10 meses foragido da justiça, assumiu ter atropelado o motoboy Kelton Marques durante uma audiência de instrução, realizada ontem (24), no 2º Tribunal do Júri. As informações foram confirmadas pela defesa do acusado e também pela acusação. O atropelamento aconteceu em setembro de 2021, em João Pessoa, e causou a morte de Kelton.

O acusado assumiu a autoria do crime enquanto era interrogado. Segundo Ruan, ele estava fazendo uso de medicamentos para ansiedade e depressão na época do crime. Além disso, o caso disse que teria ingerido bebidas alcoólicas após tomar o remédio, o que teria causado um surto, que provocou a direção em alta velocidade.

A audiência terminou no começo da tarde, após todas as testemunhas de acusação e defesa serem ouvidas. O próximo passo é a decisão da Justiça, que definirá se Ruan vai passar por julgamento popular. Ruan está preso no Presídio de Catolé do Rocha desde o dia 29 de julho, quando se entregou à polícia após 10 meses foragido.

Entenda o caso
O entregador Kelton Marques morreu após ser atingido por um carro em alta velocidade, no Retão de Manaíra. Moradores da região afirmaram que a colisão aconteceu por volta das 4h da manhã. Ruan Macário é acusado de dirigir o veículo envolvido no acidente.

Ruan Macário se apresentou à polícia na presença do advogado. O mandado de prisão preventiva que estava em aberto contra ele foi cumprido imediatamente. Ele foi interrogado pelo delegado Miroslav Alencar, mas ficou em silêncio e responderá apenas em juízo. Em seguida, foi encaminhado para o presídio de Catolé do Rocha.

No dia do acidente, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas quando chegou a vítima já estava sem vida. Kelton Marques tinha 33 anos, duas filhas e morava em Santa Rita. Ele trabalhava em um restaurante que atendia nas madrugadas, e na hora do acidente já tinha terminado as entregas do dia e voltava para casa. Com o impacto, a vítima chegou a ser arremessada e a motocicleta teve destruição total. O carro ficou parcialmente destruído. De acordo com o delegado do caso, Luiz Eduardo, latas de cerveja e substâncias entorpecentes estavam espalhadas pelo carro do motorista.

PB Agora

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