A Secretaria de Saúde Pública do estado do Pará emitiu uma comunicação de risco, nesta quinta-feira (6), afirmando a detecção do vírus da poliomielite (Sabin Like 3) em uma criança de três anos, na cidade de Santo Antônio do Tauá. A descoberta veio através do Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, que testou positivo para um caso de Paralisia Flácida Aguda (PFA), incluindo febre, dores musculares e mialgia.

Caso se confirme, de fato, paralisia infantil, esse será o primeiro caso desde 1989 de um teste positivo de poliomielite, cuja doença, a paralisia infantil, havia sido certificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como erradicada, em 1994. Entretanto, de acordo com informações do Instituto Fiocruz, o Brasil falha a meta de 95% de cobertura vacinal desde 2015.

A Secretaria ainda não descarta outras doenças além do vírus da pólio. Com uma possibilidade de tratar de uma Síndrome de Guillain Barré, o caso segue em investigação, apesar da detecção positiva do vírus, que aconteceu durante um isolamento viral num exames de fezes, no último dia 16 de setembro.

Atualmente, o Ministério da Saúde está com uma Campanha Nacional de Vacinação de poliomielite e outras vacinas desde agosto deste ano. A previsão de encerramento era no último dia 9 de setembro, mas a campanha foi prorrogada até o dia 30 e mais uma vez até o dia 31 de outubro, devido à baixa adesão da população. Na Paraíba, até o último dia de setembro, a cobertura vacinal era de 89,77% do público-alvo, de até quatro anos.

Ontem (5), o ministro da saúde Marcelo Queiroga, em pronunciamento em Brasília, declarou a possibilidade real da doença retornar e reforçou um alto risco de reintrodução no país. Com uma meta de 95%, até o momento a cobertura vacinal está em torno de 60%. Ao todo, 14,3 milhões de crianças devem receber a dose.

“O Brasil está na região considerada de alto risco para reintrodução do vírus da poliomielite. Isso é decorrente da baixa cobertura vacinal”, alertou. “Não permitiremos que isso aconteça em nosso país. Levem seus filhos às salas de vacinação”, disse o ministro da saúde.

Leonardo Abrantes – MaisPB

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