Campina Grande registra primeiro caso suspeito de varíola dos macacos
A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campina Grande, através da Direção de Vigilância em Saúde (DVS) e com apoio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), registrou o primeiro caso suspeito de Monkeypox no município. O paciente é um homem de 41 anos de idade, com histórico de viagem curta, mas sem contato com caso suspeito. Ele apresentou vesículas (feridas) na região genital, que já estão evoluindo para cicatrização em forma de crosta.
O homem deu entrada em um hospital particular e está em isolamento domiciliar, sendo monitorado pelas equipes do DVS e do CIEVS. Ele deve ficar inicialmente em isolamento por 14 dias e, caso o diagnóstico seja positivo, a “quarentena” será estendida por mais 21 dias.
A equipe fez coleta de sorologia e enviou o material para análise no Laboratório Central da Paraíba (Lacen-PB), que vai realizar o teste e confirmar ou descartar o caso.
A Secretaria de Saúde estruturou um plano de operação e enfrentamento à Monkeypox. Os locais de atendimento escolhidos para os casos suspeitos foram a Unidade de Pronto Atendimento Dr. Adhemar Dantas (Dinamérica), o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) e o Hospital de Trauma e Emergência Dom Luiz Gonzaga Fernandes, cujas equipes foram treinadas para identificação, isolamento e tratamento de pacientes.
Os dois hospitais já possuem núcleos de infectologia e a UPA passou por implantação recente de um serviço de protocolo de fluxos de recepção, para os casos de infectologia. Para a abordagem a casos suspeitos é indicado o uso de Equipamentos de Proteção Individual, como as máscaras e luvas. Caso o paciente esteja com sintomas da doença, também deve procurar utilizar meios de evitar a transmissão.
Para ser considerado um caso suspeito de monkeypox é necessária a presença de sintomas, como início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção de pele aguda sugestiva para a doença, única ou múltipla em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral) e/ou dor na região do ânus ou reto com ou sem sangramento e/ou edema peniano, associados à progressão da lesão, já podem configurar alerta para a doença.
Outros critérios como exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória ou contato físico direto, incluindo contato sexual, com parcerias múltiplas e/ou desconhecidas ou com caso provável ou confirmado de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas elevam o risco de contágio e a pessoa passa a ser um caso provável da doença.
Não é necessária a existência de histórico de viagem ao exterior pela pessoa com suspeita nem pelo caso provável ou confirmado com o qual ela teve contato. Para tirar dúvidas sobre a doença é possível entrar em contato pelo Epidemiozap (83-99302-5299).
Os casos suspeitos de monkeypox devem ser notificados pela rede de saúde de forma imediata ao Centro Estadual de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-PB) por meio do preenchimento do formulário de notificação on-line (https://redcap.saude.gov.br/surveys/?s=YC4CFND7MJ).
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