Baiano não nasce, estreia. E Ivete Sangalo parece ter vindo ao mundo para estrear muitas vezes, sob diferentes facetas: cantora, compositora, multi-instrumentista, empresária, mãe, atriz, apresentadora… Hoje à tarde, na TV Globo, ela dá à luz um programa que leva, pela primeira vez, a sua assinatura e a sua personalidade: “Pipoca da Ivete” vai ter música e brincadeiras. “ Resumindo em uma palavra, é pura diversão”, ela define: “É o que sou e o que sei fazer de melhor”.
Nesta conversa exclusiva com a Canal Extra, a artista não pipocou: contou o que a motivou a aceitar mais essa responsabilidade numa agenda desde sempre abarrotada de compromissos; listou as suas maiores inspirações da TV; falou sobre vaidade, medos e resoluções na chegada aos 50 anos, além de sexualidade, privilégios e família. Esquente a panela, jogue o milho e delicie-se: está um estouro!
Desde quando você conversava com a Globo para liderar um programa todo seu? Por que não tinha acontecido até agora?

A Rede Globo sempre teve em mim um interesse muito maravilhoso. Primeiro, que essa é uma emissora que fomenta o meu trabalho há muitos anos. Desde o primeiro dia em que pisei aqui, existe uma parceria forte. Sei da relevância do meu talento, das minhas entregas, mas sem dúvida essas parcerias são fundamentais para o sucesso. Pela minha frequência e estada aqui em muitos outros projetos, sempre houve uma conversa, uma luzinha piscando: “A gente queria muito você aqui, Ivete”. Eu também queria. Foi um consenso que o momento certo aconteceria. Felizmente, tivemos essa postura, fomos sentindo quando estaríamos prontos. Nesses anos todos dentro da Globo, eu tive a oportunidade de aprender muita coisa que hoje se faz fundamental nesse novo programa.

O que foi definitivo para você aceitar agora? Deve ter tido que reorganizar a agenda, sempre pipocando de compromissos…

Eu já venho reorganizando há bastante tempo. A luzinha acendeu quando eu tive o meu primeiro filho. Aí outras prioridades vieram à tona de uma forma avassaladora e determinante. As coisas foram se transformando à medida que o tempo ia passando e eu percebendo cada vez mais fortemente isso. Sou uma pessoa do trabalho, gosto de trabalhar muito. Mas encontrei um equilíbrio. É necessário, em algum momento da vida, conseguir enxergar, abrir todas as janelas da casa. Foi o que eu fiz, e dei muita sorte. Porque esse é um planejamento que nem sempre culmina numa vitória, embora todo mundo busque. Eu tive o privilégio de chegar num estágio em que eu posso fazer as minhas escolhas e não sofrer abrindo mão de outras coisas. Tenho coerência e compreensão. Este é o momento em que eu quero fazer um programa de TV. Vou ter que abandonar outros planos? Sim. Mas sei quais são as prioridades. Num movimento natural, a gente vai se organizando. Não preciso jogar nada fora, tudo vai se encaixando a partir da sua real necessidade. 

Você diz que é apaixonada por atuação e se acha boa nisso. Pode chegar um momento em que a Ivete atriz se sobressaia à cantora e à apresentadora?

A atuação é um sonho delicioso. De todas as coisas que já fiz, é a que cobra mais de mim. De percepção, de estudo, de estar envolvida. No meu programa, a gente vai usá-la como uma ferramenta da diversão. Quero associar esse meu prazer com algo que entregue alegria ao público. Não é algo extremamente criterioso. Num dia, posso me sentir confortável para levar aquilo completamente a sério. Ou estar disposta para trabalhar a minha variação de talento dentro desse universo. Mas a atuação é um desejo de que não abro mão. Quero carregar comigo essa vocação para projetos com que possa ter responsabilidade. Não faço nada que eu não possa cumprir. “Gabriela” (o remake), as minhas investidas no cinema com Renato Aragão e com Xuxa, o “Brava gente”… Todos foram imersões. Quando eu tiver total equilíbrio e domínio sobre a questão de ter um programa de TV, vou ampliar mais as minhas possibilidades artísticas. Essa é uma necessidade minha. Tudo vai acontecer, mas na hora certa.

Quais são os apresentadores de programas de auditório que mais a inspiram?

Tia Arilma (precursora dos programas infantis na Bahia, nos anos 80) tem uma relevância muito grande na minha vida. Foi o primeiro programa de auditório que eu vi e do qual participei ainda criança. Eu a achava muito ágil, alguém admirável. Quando sacramentamos a ideia de eu ter uma atração, imediatamente isso me reportou a Tia Arilma. É uma forma de eu reverenciá-la. Mara Maravilha também. Ela comandava o “Clube do Mickey”. Eu tinha 7 anos quando fui lá, ela tinha uns 11. Ainda pequena, já era muito talentosa. Mara parou, olhou pra mim e falou: “Você quer muito ter a carteira do ‘Clube’? Você vai cantar, se ajoelhar…”. Ela fez todo um roteiro porque me viu nervosinha. Quando entrei no palco, eu estava completamente segura. Hoje em dia, eu a encontro eventualmente. A gente não sai junta para tomar sorvete, porque minha vida é uma grande loucura. Mas ela sempre me manda mensagens gentis, carinhosas. Depois, com o passar dos anos, conheci Xuxa. Antes de a gente ser muito amiga, eu ia ao programa dela e ela fazia textos poéticos para falar da minha música e de mim. Ficamos próximas, e ela me confiou o seu programa quando foi ter Sasha. Foi uma experiência massa! E ela sempre preocupada comigo: “Você está gostando? Fica à vontade! Faça isso, faça aquilo”. Eu fui bem recebida por todas as pessoas de TV que você puder imaginar, mas a fomentação foi permanente com Fausto Silva.

Ele falava para a câmera, como se fosse um chamado: “Ó, atenção aqui, que nós temos uma comunicadora”. Ele foi sensacional comigo. Ele tem um talento, prende a atenção da gente contando causo, fazendo brincadeira. Quando você o conhece, entende por que ele tem essa alma: ele se preocupa com os outros. Fausto é uma cartilha. Ele me chamava e dizia: “Pelo amor de Deus, o que você está esperando?”. Ele me encorajou muito, guardei as palavras dele pra mim. Fora esses, ainda vivos, tenho Chacrinha e Hebe como grandes referências. Hebe é uma saudade constante que sinto, tanto dela na TV quanto da pessoa em si. E o programa de Chacrinha era um bolo doido de diversão. Eu acho que todo mundo que faz televisão tenta chegar a essa excelência. Eu quero honrar todas essas forças, esses amores.

Ter um programa que leva a sua assinatura é um prestígio que só as grandes estrelas da casa têm. Isso a deixa envaidecida?

Eu nunca tinha pensado sob esse aspecto. Mas eu acho lisonjeiro, me deixa muito confortável. Vaidade é um sentimento que está dentro da energia do ser humano. Seria absurdo eu dizer que não passeio com a vaidade. Mas tento fazer com que ela não me atrapalhe. Se acontecer, é fulminante. Eu vigio muito essa questão porque quero que isso me impulsione, não seja uma barreira pra mim. Então, seria mentira eu dizer pra você que não me envaidece. Eu fico envaidecidíssima. Mas tudo dentro do peso e da medida que as coisas têm que ter. Isso me motiva mais, cria em mim uma relação mais íntima e cuidadosa com o programa. O “Pipoca da Ivete” é leve, pra relaxar. Uma atração que entretém e que tem a diversão como carro-chefe. No sentido exato da pipoca alimento: você vai comendo, não sabe o quanto nem em que hora começou ou quando vai terminar… É solto. 

Você já pipocou na vida, no sentido de se acovardar?

Nunca. Se pipoquei, fingi que não e caí pra dentro. Eu perdi um irmão (Marcos morreu atropelado quando Ivete tinha 16 anos), isso me fez não pipocar, embora eu estivesse destruída por dentro. Foi a primeira vez que travei e me perguntei: “E agora, faço o quê?”. Tive contato com uma tristeza muito estranha, fiquei impotente. Eu não tinha outra saída senão seguir, ou eu morria junto com ele. Marcos foi um cara que ensinou muito pra nós todos da família. Hoje, tudo aquilo que me causa impotência me faz seguir, eu sei que não vale a pena ficar parada. Os medos existem, são intrínsecos, estão debaixo do meu tapete. Eu quero varrê-los para fora.

Do que você tem medo?

Com 50 anos, a gente sabe mais sobre a vida do que com 15. O mundo, mais do que nunca, está adoecido. Especialmente depois de passar por uma pandemia, uma circunstância inesperada. Faltam empatia, valores, as pessoas perderam essa vontade de olhar para o outro. Sobra ansiedade. Há erros históricos que a gente pode reparar, mas muitas dores foram provocadas por esses erros. Temos que reaprender a perceber o próximo para nos reconectar conosco. Ataques coletivos, coisas muito loucas estão acontecendo. Por mais que a gente tenha melhor acesso à informação, comportamentos perigosos estão sendo sinalizados. Eu não me habituo, não naturalizo. É muito angustiante. Sigo na minha missão de levar alegria às pessoas. Inclusive, é uma saída para mim mesma.

Ansiedade e depressão são grandes males da humanidade, atualmente. Além dessa Ivete que a gente vê, sempre divertida, alto-astral, existe uma que passou por questões pessoais pesadas assim?

Já, sim. Nossa vida é de descobertas, né? Quando a gente é criança, tudo é muito lindo. Mas à medida que o tempo vai passando, vamos sabendo das dores dos nossos pais, dos nossos avós, da sociedade. Muitas vezes, a gente aprende a lidar com essas descobertas; em outras, nem tanto. Eu não sou diferente de nenhum ser humano. Já vivi momentos muito difíceis, perdas e situações de decepção que me congelaram ou me cristalizaram para ser mais forte. O que eu trago comigo é que essas situações todas nos constroem. Se paralisar, não se vive. Repito: a missão que me cabe é a da alegria. Com minha música, minha palavra, minha presença, meu programa. É nesse estado de espírito que eu me sinto confortável e segura para transformar o mundo à minha volta. O interessante é o seguinte: eu entro no ar aos domingos para preparar as segundas-feiras. Quero proporcionar um início de semana diferente para as pessoas. Esse dia tão enfadonho, tão massacrado que é a segunda-feira pode ganhar aspecto de sexta. A partir de agora, a segunda vai ter que ser sensacional, por conta do domingo com o “Pipoca da Ivete”.

Há uma expressão que diz: “Acabou o milho, acabou a pipoca”. No que você deu um basta ao chegar aos 50 anos?

Naqueles piruás (milhos que não estouram) que ficam no fundo do saco. Não ficam mais, não, minha irmã. Aprendi a compreender que eu não vou corresponder a todas as expectativas. Que existe uma vã ideia de que a gente pode agradar a todo mundo, mas isso não é possível. Sei que não sou unanimidade, nem quero ser. Preciso ter o direito de errar, de não ser tão certinha, amável aos olhos de todos. É genuíno do ser humano querer ser aceito. Assim a gente vai afogando traços da nossa personalidade, sofre e deixa de viver. Eu prefiro não parecer ser a perfeitinha, correta e organizada demais. Frustrar, decepcionar, mas ter do outro a percepção exata do que sou. “Eu sou assim. Você quer conviver comigo? Vou lhe dar a oportunidade de escolher”. Eu tinha a ideia fixa de não querer decepcionar. E eu não só posso como devo, em benefício meu e do outro, nas relações que vão se estabelecendo. Das duas, uma: ou eu piro ou alguém vai pirar.

Você já chegou à menopausa?

Já cheguei.

E a libido, como está?

Eu tenho os meus artifícios e argumentos. Os prazeres têm que ser buscados. Existem várias maneiras de tratar isso, e até de respeitar quando o seu corpo dá negativas. Eu sou completamente honesta com isso: não posso fazer bem a ninguém se eu não fizer bem primeiro a mim mesma. Cada ano da nossa vida terá um desafio, e eu acho maravilhoso estar viva para encará-los.

Recentemente, viralizou o vídeo de um show seu em que você falava sobre usar leite condensado na hora “H”, que Marcelo (seu primogênito, de 12 anos) foi gerado assim e já estava com a máquina pronta para funcionar. Em casa, também conversa abertamente com ele sobre sexo?

O que dizem ser um papo aberto sobre sexo, pra mim é necessário e fundamental. Eu tenho que ajudá-lo a compreender as coisas que ele está vivendo e vai viver, da forma mais orgânica e esclarecida possível. A puberdade está nele, eu não inventei as perguntas, os porquês. E essa não é tarefa que Dani el (Cady, seu marido, de 37 anos) tenha que cumprir sozinho porque é homem. Ainda que nem eu nem Daniel pudéssemos realizar esse papel, um mentor surgiria. Então, que maravilha que eu posso conversar com meu filho sobre sexualidade e tudo mais. Quando você trata esse assunto como algo genuíno e natural, tira da criança muitos riscos que são jogados para debaixo do tapete. Seu filho reconhece o que é dele e pra ele, e vai ter muito mais habilidade pra lidar com isso, da forma mais segura. É o que eu quero pra os meus: segurança. E segurança só vem com informação. No dia em que a sexualidade deixar de ser um tabu, a vida de nossas crianças será bem mais livre e melhor. Mas eu trato com meu filho sobre tudo: desde a qualidade do sono dele, passando pelos estudos, os amigos, a maneira como lida com os medos e as decepções…

E sobre privilégios? Marcelo pode ter tudo o que ele quiser…

Marcelo pode ter tudo porque é uma criatura que promove isso. Eu tive tudo o que quis porque desde pequena já promovia isso. Ter tudo o que se quer não significa ter. Um carro, uma bolsa, um programa de TV, fama, bater foto, ser aclamado, ser feliz com o que se idealiza… O tudo que se quer, muitas vezes, é a falência da pessoa. Só depende do que a gente deseja.

Ele quis muito ser músico de sua banda?

Ele buscou, é dele. Eu falo pra Marcelo todos os dias: “Você não toca comigo por ser meu filho. Eu não faria isso com você. Você toca comigo porque toca muito! E pode tocar com quem quiser, só vai depender de você”. Desde pequeno, ele quis tanto que correu atrás. Eu jamais colocaria um filho meu numa situação de provação. “Quer tocar? Suba!”. E ensino a ele: “Neste momento aqui, vamos fazer assim. Agora é com você. Está pronto?”. Ele entra e faz. Sem rigidez, experimentando. Aprenda comigo, porque o mundo talvez não vá ter a mesma gentileza que eu vou ter com você. Comigo vai ser mais fácil. E não criei meu filho de um jeito e vou criar as meninas (as gêmeas Helena e Marina, de 4 anos) de outro, isso pra mim é inadmissível. São indivíduos que têm que ter as mesmas oportunidades.

A energia que você tinha quando Marcelo era pequeno é diferente da de hoje?

Eu mentiria pra você se dissesse que sinto diferença. Minha única queixa na vida é o meu sono. Acho que porque trabalho muito tempo à noite e com esse tipo de vibração, eu demoro a dormir. Se eu não durmo direito, nos primeiros momentos da manhã eu sinto uma leve ressaca. Não tem regra de horário pra ir pra cama, depende do dia. Eu tenho energia, malho, corro atrás, faço uma programação punk. Minhas filhas reclamam: “Mãe, eu quero ir pra casa, eu tô cansada”. Marcelo questiona: “Minha mãe, você vai fazer bis? Pelo amor de Deus!”. Meu marido implora: “Brother, tira essa mulher daí! Ela ainda está trabalhando?”. Mas isso é da minha personalidade. Outra coisa que percebi, com o passar do tempo, foi uma flacidez aqui e outra ali no meu corpo. Mas está tudo ok.

Tem recorrido a procedimentos estéticos?

Sim, botei meu silicone nos peitos. E é cada tratamento a laser, minha filha… Tem um que a lágrima escorre, não é de Deus. Eu sou uma mulher vaidosa, quero estar linda. Uso botox, bioestimulador, tudo que é dor, filha. Mas eu não sou tola. Os cuidados são uma diversão, uma colaboração. Isso não pode me atrapalhar.

E Daniel, como lida com uma mulher tão endeusada? Sua fama atrapalha de alguma forma o casamento de vocês?

Daniel não percebe isso, é outra vibe. Somos um homem e uma mulher que se apaixonaram e se casaram. Ele tem o trabalho dele, eu tenho o meu. Nós temos a nossa liga, nada desfaz. Começamos uma relação com muita tranquilidade, e isso só melhora com o tempo. Daniel é um entusiasta, fã. Quantas vezes eu chego em casa e ele está vendo o meu DVD! Meus filhos vão para a escola ouvindo as músicas da mãe. Daniel não entra nesse furacão da fama, é um caminho arriscado e sem volta. E a maturidade e a inteligência emocional não nos permitem entrar num caminho sem volta. O nosso elo é tão bom, é uma coisa tão organizada, que a gente não quer destruir isso. Estamos muito seguros das nossas escolhas, isso é o que importa.

Ivete não pipoca, e fala sobre si mesma inspirada nos quadros do novo programa

“Vale a pena rir de novo”

Eu gargalho com qualquer besteira. Tem uns vídeos de internet que são sensacionais! Chorei de rir com o ‘ Largado no sofá’. Eu dou muita risada com figurinhas! Ontem, eu estava vendo uns vídeos de Paulo Gustavo… Uma saudade dele! Fico catando coisas que ele me mandou, vou catalogando para mantê-lo pertinho de mim. Tem um dele de peruca e dentadura cantando ‘Pump up the jam’. que é ótimo. Se estou triste, com saudade dele, boto esse vídeo, dou risada e já mudo o astral. Sinto que quando estou emocionada por coisas positivas, vem o choro da emoção junto com o choro preso de uma coisa que me deixou triste antes. Até esse mecanismo eu criei. Meu choro está sempre associado aos meus momentos de emoção, nunca de tristeza.

“Dá uma espiadinha”

Eu não sou muito de cuidar da vida dos outros. Agora, se não tiver nada pra fazer e o primeiro sino bater com alguma história, aí cabô. Eu digo: ‘Mas, menino, e fulano, hein?’. Mas eu sou uma fofoqueira instantânea. Fofoquei aqui, acabou, não me lembro mais. Sou ótima pra você me contar um segredo. Se você me disser: ‘Ivete, não quero que você conte isso pra ninguém’, eu crio um mecanismo tão doido dentro de mim que esqueço o assunto. Outra coisa: não gosto de fofoca ruim, só da gostosa. Acho que toda fofoca que investe num lugar que o outro não quer é destrutiva.

“Tem gosto de quê?”

Meu sabor preferido é o doce. Tudo com sorvete, milk shake, cobertura de chantili, calda descendo, crocrâncias… Eu amo! De salgado, adoro feijoada. Sou de derrubar uns pratões de caruru, vatapá, banana frita… E adoro pão. Daniel (o marido, que é nutricionista) só me fala sobre alimentação se eu perguntar, não me enche a paciência. A gente sabe o que faz bem e o que não faz, né, minha irmã? Ninguém é mais menina aqui.

“Rolê na geleira”

Na Disney, botei minhas filhas no barco da Frozen. Apareceu o Olaf, a Anna, a Princesa Elsa num holograma muito perto, a neve caindo… Aí Helena levantou e disse: ‘Meu Deus, eu tô muito emocionada!’. Comecei a chorar. Saí do brinquedo e estava na merda (risos). Sou cuca fresca, mas, se tem uma coisa que me deixa destruída é maltrato, preconceito, constrangimento, humilhação. Isso acaba com a minha energia, me machuca muito” (na brincadeira, quem perde leva um balde de gelo na cabeça).

“Iveteokê”

Eu sou contralto, mas fui criando uma extensão vocal que me permitiu aos pouquinhos cantar notas mais agudas, porque no axé, no trio, na hora da alegria, o agudo vem. Então, fui ganhando mais abertura. Mas essas músicas americanas todas aí… De Mariah (Carey), Whitney (Houston), Beyoncé… Eu só mando um beijão pra elas.

Fonte: ig.com

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