Das 26 famílias que moravam na chamada “invasão” do Distrito dos Mecânicos,  área atingida pelas últimas chuvas que caíram na cidade e que acabaram por se abrigar no Restaurante Popular, 21 delas resolveram aderir ao aluguel social, conforme informou a gerente de Benefícios Eventuais da Semas, Magna Adriana Carvalho.

Cinco famílias resolveram abrir mão do benefício, alegando que com ajuda de familiares conseguiram moradia em outros bairros e até fora da cidade.

A mudança foi necessária, já que a maioria das famílias teve os imóveis parcialmente ou totalmente destruídos pelas águas. Em alguns locais, a água chegou a 1,70 de altura e não havia condições de permanecer na casa. Muitas delas perderam tudo o que haviam construído.

Com o objetivo de ajudar essas pessoas, a retomarem as suas vidas, desde o último dia 02 de junho, a Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), disponibilizou um plantão de Aluguel Social para quem tivesse interesse em mudar para um outro lugar, levando o que conseguiu recuperar, como móveis ou roupas, ou mesmo, alguma doação que recebeu, enquanto estiveram no Restaurante Popular.

Durante os 19 dias em que estiveram no Restaurante, as famílias receberam toda a assistência necessária, desde alimentação, roupas, recreação para crianças e adolescentes e serviços de saúde, oferecidos pela Prefeitura por meio das Secretarias de Assistência Social, Educação, Saúde e Cultura. A ideia, era que pudessem ter uma estadia tranquila e digna, enquanto outras providências estavam sendo viabilizadas, pelas equipes que se revezavam no local.

“As cenas que acompanhamos com essas famílias, nesse período de chuvas, foram marcantes, já que a maioria perdeu tudo o que tinha, destruído pelas águas. De imediato a Prefeitura alojou essas famílias, no Restaurante Popular e iniciamos uma série de ações, com o apoio das demais Secretarias. A partir do aluguel social, esperamos que essas pessoas possam ter uma vida mais digna e com mais segurança”, concluiu o secretário da Semas, Valker Neves.

Até o momento, 12 estão no aluguel social. As demais estão em processo de tramitação, ou seja, estão morando provisoriamente na casa de algum parente, enquanto não tem condições de retornarem as suas antigas moradias, ou mesmo aderir ao aluguel social.

“As últimas pessoas a deixarem o Restaurante Popular, onde estiveram acolhidas num período de três semanas, foi em 15 de junho. Foi um processo ágil, pois era preciso tirar essas pessoas da situação de vulnerabilidade que estavam vivendo.”, argumentou a gerente Magna Adriana.

Edna Luciana Dias, 20 anos, mãe de um garoto de quatro anos e que está desempregada, morava às margens do canal e perdeu tudo o que tinha. Ela foi uma das contempladas com o aluguel social. “Não tinha mais para onde ir. A casa que eu morava era emprestada e com as chuvas, perdi tudo, estou hoje num lugar melhor, que não tem enchente, me sinto aliviada, mais tranquila”, desabafou.

Outras familias resolveram voltar para a antiga moradia, fazendo alguma reconstrução na estrutura e ainda tentando recuperar alguns móveis e eletrodomésticos que foram danificados. É o caso de Jaciélio Eugenio, 31 anos, que mora com a esposa e mais quatro filhos menores. “Deu para retornar, perdi algumas coisas, fiz uma limpeza antes de voltar e estou batalhando para reconquistar o que foi perdido”, disse o pai de família.

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