Quem assiste os times de Fernando Diniz está habituado a ver posse de bola, jogo mais bonito e presença ofensiva, mas com dificuldades para vencer. Na segunda passagem pelo Fluminense, porém, o que se observa são resultados positivos, mas um estilo bem diferente e mais reativo. Na vitória sobre o Fortaleza por 1 a 0, que manteve a invencibilidade do treinador, o Flu novamente jogou mal, mostrou pouco repertório, mas soube ser eficiente para sair com os pontos.

A mudança no estilo passa por dois pontos fundamentais: o pouco tempo de treinamento e as alternativas que o treinador tem à disposição com um elenco já desgastado. Desde que chegou ao Flu, Diniz teve um jogo no Maracanã diante do Junior Barranquilla (COL) e todos os outros fora. Os deslocamentos foram para São Paulo, Goiás, Volta Redonda, Santa Fé, na Argentina, Fortaleza e ainda terá mais um para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde o Tricolor pega o Oriente Petrolero (BOL).

A primeira semana livre será entre o clássico com o Flamengo no próximo domingo, às 18h, no Maracanã, e o duelo com o Juventude uma semana depois, às 11h, em Caxias do Sul. Mesmo assim, o treinador soma 77,8% de aproveitamento em seis jogos, oito gols marcados, três sofridos e uma média de 53% de posse de bola. É possível ver muito mais o estilo de Abel Braga, mas com melhorias e mais homens de meio, do que do próprio Diniz.

– O Fluminense poderia jogar de uma maneira mais plástica, os times que eu treino normalmente equilibram mais a posse de bola. A gente sempre vai tentar fazer isso, a ideia é essa. Mas temos um plano B muito bem elaborado que é saber se defender bem. Quando se marca o gol existe uma naturalidade nos times de recuar de uma maneira instintiva, que eu não gosto de fazer. O time ficou um pouco dividido entre saber se ia pressionar ou se defender. A equipe se portou bem. Com o tempo e os treinamentos vamos encaixando, como foi contra o Athletico-PR. O fato de estar em casa, um campo que a gente conhece, menos cansados. Conseguimos fazer o jogo mais equilibrado no sentido de ter posse, fazer marcação alta e finalizar – disse o treinador.

Apesar da análise de Diniz de que o Fortaleza assustou pouco, foram 23 finalizações do Leão do Pici, sendo oito no gol, sete para fora e oito bloqueadas. O Fluminense teve sete no total, três no alvo e quatro fora. Fábio fez oito defesas contra apenas duas de Max Walef. Os números são do “SofaScore”. A média de passes também foi menor. Foram 292 dos cariocas contra 485 dos donos da casa. A média dos cinco jogos anteriores do técnico era de 474,6.

Com relação aos gols marcados, algo que foi cobrado na passagem anterior pelo Fluminense, Fernando Diniz teve em 2019 uma média de 1,65. Até o momento esse número está em 1,33. No entanto, o treinador e o time vão precisar melhorar drasticamente pensando na próxima partida. O Fluminense enfrenta o Oriente Petrolero (BOL) na quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), e precisa de um milagre para avançar na Sul-Americana.

É necessário que Junior Barranquilla (COL) e Unión Santa Fe (ARG) empatem, além de o time carioca vencer por seis gols de diferença. O treinador não deixou claro se o clube vai entregar os pontos, até pensando no clássico na próxima rodada do Brasileirão, mas a missão é dura.

– Vamos pensar no próximo jogo. Conversar com os jogadores. O Fluminense tem chances de se classificar, então vamos ver qual estratégia usar. Iremos conversar internamente e na conversa com os jogadores também ajuda a definir quem vai atuar – afirmou.

Fonte: terra

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