O fim de semana do Fluminense será marcado por desfiles de carnaval e pela terceira rodada do Brasileiro. Embora pareçam eventos distantes, samba e futebol sempre andaram lado a lado na história do clube, desde os tempos do primeiro tricampeonato estadual e de Cartola. Atualmente, torcedores promovem iniciativas para levar as três cores para além das quatro linhas. Da arquibancada à avenida, conheça a presença tricolor na festa carioca.

Desde os anos iniciais, o Fluminense tem uma relação íntima com o samba e o carnaval. Cartola, um dos fundadores da Estação Primeira da Mangueira, era tricolor e acompanhava os treinos em Laranjeiras na época do tricampeonato estadual de 1917/18/19. Há, inclusive, uma versão sobre a origem das cores da escola de samba, que seriam uma homenagem do mestre ao time do coração. Segundo a Flu Memória, o rosa pode ter sido uma variação do grená, consequência das roupas desbotadas pela lavagem.

Em 1975, a contratação de Rivellino também escreveu mais um capítulo de Cartola na história do Flu. Em um sábado de carnaval, o craque foi apresentado no Maracanã ao ritmo da bateria da Mangueira, evento promovido por Cartola e Francisco Horta, então presidente do clube. Nesta época também nasceu a Manga-Flu, torcida que uniu as duas paixões. Por esta relação, o sambista é considerado um símbolo para os torcedores, que o eternizaram em bandeirões e pinturas do mestre com a camisa Tricolor, localizadas no estádio e próximos à sede do clube.

A presença do carnaval no dia a dia do clube, contudo, não ficou no passado. No Maracanã, é comum ouvir a torcida cantar uma versão adaptada de “Peguei um Ita no Norte”, samba enredo do Salgueiro de 1993. Ao som de “é lindo o meu Fluzão contagiando e sacudindo essa cidade”, a arquibancada se transforma em avenida e o jogo em desfile. Outro samba enredo adaptado foi o “Gosto que me Enrosco”, da Portela em 1995.

Outra iniciativa dos tricolores é o Bloco Minha Raiz, fundado em 2018, como forma de popularizar o Fluminense para além do futebol. O presidente do projeto, Rodrigo Amaral, explicou a motivação dos fundadores. Em quatro anos de existência, o bloco já homenageou ídolos e contou com a participação de personalidades do clube, como Marcão, Búfalo Gil e o lateral Eduardo.

– A motivação é ajudar a popularização do Fluminense através de sambas enredo que contém um pouco de sua história gloriosa, fazendo dentro de uma segmentação inclusiva, um carnaval tricolor popular voltado para a família. Temos 2 slogans: “O Fluminense no Carnaval” e o “Bloco da Família Tricolor”. O intuito é preservar a história, e a nossa é feita de pessoas, os ídolos tricolores – disse Rodrigo, que também é diretor da GRES Paraíso do Tuiuti.

Nas avenidas, o Fluminense também marca presença. Em 2003, a Acadêmicos da Rocinha homenageou o clube pelo seu centenário com o enredo “Nas Asas da Realização, Entre Glórias e Tradições, a Rocinha Faz a Festa Dos 100 Anos de Campeão… Sou Tricolor de Coração!”. Em 2019, surgiu a Guerreiros Tricolores, escola de samba ligada ao Flu de forma não-oficial. A agremiação desfila na Intendente Magalhães, pela Série Bronze, e neste ano irá homenagear as vitórias do Time de Guerreiros com o enredo “Forjados nas Cores do Guerreiro, Nosso Lema é Vencer ou Vencer!”. A apresentação acontecerá nesta sexta-feira.

Fonte: terra

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