A morte de Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta, comoveu o Brasil e deixou uma legião de fãs, amigos e familiares de luto. Clevinho Santos, marido da cantora, acompanhou a internação de perto e, agora, luta para seguir em frente apesar da dor e da ausência da esposa. O dançarino, que no começo do ano se lançaria como cantor, agora se prepara para retomar o projeto e pôr em prática uma série de homenagens à esposa. 

A reportagem do R7 conversou com o viúvo sobre o período em que a artista ficou internada, a dor da perda, o desafio para retomar a rotina e, ainda, os detalhes para transformar o álbum em realidade. A estrela de forró morreu em 23 de fevereiro após passar 12 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em dois hospitais particulares, em Aracaju, Sergipe. 

No último dia 31 de março, a equipe da cantora divulgou o laudo médico que sugere o motivo da morte da artista. De acordo com o documento, ela teria morrido devido a um processo infeccioso no sistema nervoso central, conforme consta na certidão de óbito, e não em decorrência de intoxicação exógena medicamentosa.

“Nenhum resultado vai trazer a minha esposa de volta. Eu acho que a gente vai ficar mexendo nisso ou naquilo e nunca vai conseguir encontrar um real motivo. O verdadeiro motivo da morte dela. Se os profissionais não estão identificando, se eles não sabem o real motivo da morte dela, o que eu passo falar? […] Eu sempre fui a primeira pessoa a querer descobrir o verdadeiro motivo para que eu pudesse passar para outras pessoas o que foi ou o que não foi. Nenhum resultado vai trazer a minha esposa de volta”, comentou. 

Os dias em que a mulher esteve na UTI foram marcados por apreensão, esperança e dor. Da entrada no hospital ao agravamento do quadro, Clevinho sentiu na pele o impacto dos dias difíceis e chegou a perder 10 kg.

“Cada dia era um sofrimento, cada dia era uma dor. Cada dia a dor só aumentava e o sofrimento também. Até hoje não tem sido fácil. Não é fácil. Eu acho que é um período que a gente tem aos poucos, um dia de cada vez, para poder se reerguer, se recuperar totalmente. Um período que eu não desejo para ninguém. Foram coisas que eu jamais esperava passar”, completou. 

A vida sem a companheira tem sido um desafio diário. “São dias difíceis demais. São dias que você acorda de madrugada. Que você pensa que está sonhando, que está vivendo em um filme. São dias que, às vezes, eu não acredito que ela se foi. É uma dor sem explicação. Eu não tenho palavras para explicar o tamanho dessa dor. Eu não desejo para ninguém. Quando eu mais sofro é ao chegar em casa. E na parte da noite. Lidar com esse luto é algo complicado. Tem as coisas para resolver. Acaba que você acaba não vivendo totalmente esse luto.”

Agora, apesar do luto, o dançarino se prepara para apresentar o primeiro projeto como cantor. “Eu tenho esse projeto desde novembro de 2021, que eu iria lançar no início deste ano. Assim que a gente chegasse de São Paulo eu iria colocar a minha voz. Estava tudo certo. Tudo marcado. Só que, como aconteceu tudo isso, acabou que infelizmente tive que dar uma pausa no projeto”, disse. 

E completou: “Agora estou retomando o meu projeto. Inclusive, no meio dele tem uma música que é em homenagem à Paulinha. É uma música que nos identifica demais. É uma música que se chama Para Sempre Paulinha. Em breve vai estar disponível nas plataformas digitais e em clipe”.

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