Estudante é presa em Campina Grande suspeita de fraudar vestibulares
Uma estudante do 7º período de medicina foi presa nesta quarta-feira (2) em Campina Grande, durante a deflagração da segunda fase da Operação Asclépio. A jovem é suspeita de ser paga para realizar provas de vestibulares no lugar de outras pessoas.
Assim como ela, outras pessoas do grupo criminoso eram intitulados de “pilotos” e, além de responder às questões dos vestibulares, assinavam a presença e tinham digitais e imagens captadas na realização da prova.
A operação, que foi deflagrada pela Polícia Civil de Assis (SP), cumpre 22 mandados de busca e 12 de prisão temporária divididos nas cidades de São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP), Natal (RN), Mossoró (RN), Juazeiro do Norte (CE), Campina Grande (PB) e Montes Claros (MG).
A ação investiga um esquema de comércio ilegal de vagas em cursos de medicina, e ocorreram, segundo as investigações, em vestibulares de diversas faculdades como a Unifip – Centro Universitário de Patos, em João Pessoa; Unicesumar – Centro Universitário de Maringá (PR); FMABC – Faculdade de Medicina do ABC em Santo André (SP); FITS – Faculdade Integrada de Tiradentes, em Jaboatão dos Guararapes (PE); e Unifadra – Faculdades de Dracena (SP).
A primeira fase da operação, responsável pela prisão de 17 pessoas, foi realizada em abril de 2019 e foi motivada por investigações iniciadas em 2017, após uma denúncia da Fundação Educacional do Município de Assis (Fema), que recebeu a informação de que cinco impressões digitais de candidatos às vagas nos cursos de medicina apresentavam irregularidades.
A informação da irregularidade partiu da Vunesp, empresa responsável pelo vestibular para ingresso no curso de medicina.
O suspeito de organizar todo o esquema de fraudes, residente da cidade de Presidente Prudente, foi preso ainda na primeira fase da operação, tais como outros 16 suspeitos.
As investigações apontam que ele realizava, além da venda das vagas, transferências para outras faculdades. Todo o esquema chegou a movimentar cerca de R$ 5 milhões em seis meses. Eram cobrados por vaga entre R$ 80 mil a R$ 120 mil.
Fonte: Paraíba Online