Um banhista de 14 anos morreu depois de ficar preso nos tentáculos de uma água-viva, cuja espécie é conhecida como vespa-do-mar, em Eimeo Beach (Queensland, Austrália) na tarde deste sábado (16/2).

Testemunhas na praia popular correram para ajudar o menino, cujos braços e pernas estavam cobertos por tentáculos de cerca de 2 metros de comprimento.

Salva-vidas realizaram massagem cardíaca no adolescente por cerca de 40 minutos e jogaram vinagre sobre o corpo dele. Enquanto isso, pais gritavam para que os seus filhos saíssem do mar.

A equipe de emergência conseguiu ressuscitar o jovem, não identificado, antes que ele fosse levado para o Mackay Base Hospital por volta das 15h20m.

Apesar dos esforços dos médicos, ele morreu uma hora depois de chegar ao hospital, disse a polícia local.

Kirby Dash disse que estava na praia comemorando o aniversário da sua mãe quando viu o adolescente sair da água com uma “expressão indecifrável no rosto”.

“Ele entrou em choque”, disse ela ao “Daily Mercury”. “Suas pernas estavam cobertas de tentáculos”, acrescentou.

Essa espécie de água-vida, com corpo meio quadrado (em inglês o nome é box jellyfish) e longos tentáculos, é considerada uma das criaturas mais venenosas do planeta. A toxina presente nos tentáculos é tão forte que os poucos sobreviventes de um encontro com uma box jellyfish descrevem a dor mais como um choque elétrico constante do que uma queimadura. Após o contato, a pessoa provavelmente sairá do mar gritando, e deve desmaiar na areia com marcas no corpo, como se fossem chicotadas. Dependendo da extensão da área afetada, uma parada cárdio-respiratória ocorre em menos de 3 minutos, sendo necessário a aplicação de respiração boca a boca e compressão torácica.

A espécie habita o Norte e Nordeste da Austrália, e pode ser encontrada por toda a extensão da Barreira de Corais, que ter cerca de 2.000 quilômetros.

A box jellyfish é responsável por mais mortes que tubarões, cobras e crocodilos na Austrália. Pesquisas apontam que a administração rápida do composto com zinco pode ser um potencial antídoto para salvar a vida de humanos vítimas da espécie de água-viva.

Extra

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