MP pede afastamento de torcidas organizadas de Campinense e Treze por um ano
O MP recomendou à Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB) o afastamento, por um ano, da Torcida Jovem do Galo (TJG), do Treze, e da Torcida Facção Jovem (TFJ), do Campinense, dos estádios brasileiros.
A recomendação aconteceu após uma confusão envolvendo membros dos dois grupos, no último sábado, em Campina Grande, enquanto Campinense e Bahia se enfrentaram no Amigão, pela Copa do Nordeste.
O documento do MPPB é assinado por Valberto Lira que é procurador de Justiça e também coordenador da Comissão Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios. No documento ele explica bem o motivo da recomendação e cita o relatório do comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar da Paraíba, o tenente-coronel Francimar Vieira Lins.
O documento considera ainda que a presença das torcidas envolvidas no incidente tem “contribuído sensivelmente para o acirramento do ânimo entre os torcedores, resultando no agravamento da violência quando se fazem presentes em eventos esportivos”.
A medida recomendada pelo procurador do MPPB proíbe a entrada de torcedores em estádios com qualquer objeto que faça menção às torcidas, como bonés, faixas, bandeiras, camisas, entre outros.
A briga aconteceu nas imediações do Estádio Amigão, em Campina Grande, no último fim de semana. Um torcedor do Campinense, identificado como Wendel Guerra, que assistia à partida entre Campinense e Bahia das arquibancadas do estádio, teve o olho esquerdo atingido por uma bala de borracha, desferido por um policial que estava fora da praça esportiva. A PM afirmou que os fatos seguem sendo apurados.
Os presidentes das agremiações foram notificados da recomendação e têm até 10 dias para apresentar defesa. Até o momento, nenhuma das Torcidas Organizadas se pronunciou acerca da questão.
PB Agora