TCE rejeita contas e impõe multa de R$ 3,3 milhões a Leto Viana
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) reprovou mais uma prestação de contas da Prefeitura de Cabedelo, agora do exercício de 2015, imputando ao ex-prefeito Leto Viana, a quantia de R$ 3,3 milhões, face a constatação de inúmeras despesas sem comprovação, com destaque para pagamentos a funcionários “fantasmas”.
O TCE-PB já havia apreciado as contas do município referente ao exercício de 2014, oportunidade em que decidiu pela reprovação e imputação de débito no valor de R$ 4,4 milhões, ao ex-prefeito, apontando também como principal fato a contratação de servidores “fantasmas”, além de pagamentos em excesso à empresa Marquise, responsável pela limpeza urbana, bem como à distribuidora Vale do Aço.
Operação Xeque-Mate
Leto Viana foi eleito vice-prefeito de Cabedelo em 2012, na chapa encabeçada por José Maria de Lucena Filho, mais conhecido como Luceninha (à época do PMDB). Em novembro de 2013, sem maiores detalhes, Luceninha renunciou ao cargo e Leto tomou posse. Em 2016, Leto concorreu a reeleição e saiu vencedor.
Em abril de 2018, o Ministério Público da Paraíba (MPPB), em conjunto com a Polícia Federal, deflagrou a Operação Xeque-Mate, com objetivo de desarticular esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo, no âmbito dos poderes executivo e legislativo. Leto foi acusado de ter comprado o mandato de Luceninha, fazendo com que o mesmo renunciasse ao cargo.
O então prefeito Leto Viana (já no PRP), o presidente da Câmara, Lúcio José (PRP) e 5 vereadores dentre os quais Jaqueline Monteiro, esposa de Leto, além da irmã do prefeito, Leila Viana, foram presos. Mais cinco vereadores foram afastados. Leto cumpre medidas cautelares em liberdade, mas, ainda na prisão, renunciou ao cargo. Quem assumiu, após muito vai em vem, foi o agora prefeito da cidade, Victor Hugo.
Fonte: Portal Correio