Prefeito afastado de Camalaú responde a outros processos e vice que assumirá também é investigado
A cidade de Camalaú foi sacudida hoje pela Operação Rent a Car, desencadeado pela Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa (Ccrimp) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Militar do Estado da Paraíba. A operação pode ter pego de surpresa boa parte da Paraíba, mas para os munícipes da cidade, esse desfecho já era esperado, uma vez que o prefeito já responde a pelo menos mais três denúncias do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado e da própria Câmara Municipal da cidade. E não para por aí, o vice-prefeito, Ezequiel Sóstenes, conhecido como Kiel, também responde por improbidade administrativa.
Na operação de hoje, foram cumpridas as medidas de suspensão do exercício das funções públicas do prefeito do município, Alecsandro Bezerra dos Santos, e de busca e apreensão na sede da Prefeitura e na residência de acusados. A operação Rent a Car tem alicerce nos autos da ação penal movida pelo MPPB em desfavor de agentes públicos, dentre eles o prefeito de Camalaú e de outros investigados, que uniram esforços no sentido de planejar e executar engenho voltado para desviar recursos públicos do município de Camalaú-PB, processado após prévia emissão de documentos falsos e locação fraudulenta de veículos do prefeito (uma caminhonete 4X4, ano 2017, e um caminhão, ano 1973), registrados em nome de “laranjas”, cujos contratos revelaram prejuízo ao erário no valor de R$ 314.690,62.
Além dessa investigação, o prefeito Alecsandro Bezerra dos Santos, conhecido como SANDRO MÔCO, já foi denunciado Pelo Ministério Público da comarca de Sumé por desvio de água da Adutora do Congo Processo nº 0000691-69.2016.815.0451, (prática em tese de crimes de Dano Qualificado e Furto). Também foi denunciado pelo Ministério Público da comarca de Monteiro por Improbidade Administrativa Processo nº 0801667-86.2019.815.0241, (contratação logo no início do mandato de mais de uma centena de servidores sem concurso público), agora deve responder também a processo por formação de quadrilha, fraude em licitação e peculato.
Recentemente os vereadores de Camalaú denunciaram o prefeito Sandro Môco no TCE (Processo nº 11680/2020) e no MPPB (Processo nº 002.2020.024741) pela prática ilegal de Notas Fiscais de peças fictícias e ou superfaturadas para veículos, utilizando recursos da Educação e da Saúde, cujo montante ultrapassa o estratosférico valor de R$. 1.400.000,00, (Um milhão e quatrocentos mil reais), inclusive com notas de empenhos para veículos que sequer pertencem ao Município de Camalaú.
Já o vice, que assumiu com o afastamento de Sandro Môco, Kiel, responde por improbidade administrativa por acumulação ilegal de cargos públicos.
Fonte: Paraíba Já