BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — Em depoimento à CPI da Covid, o diretor executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, negou que tenha escondido número de mortes em decorrência da Covid-19 em um estudo realizado em hospitais da rede.

Um dossiê assinado por 15 médicos do grupo apontou que a Prevent usava os hospitais da rede como laboratório para ministrar hidroxicloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid, sem o consentimento de familiares e pacientes. O documento também aponta que a operadora omitiu sete mortes por Covid-19 nesse estudo.

Batista Júnior negou que tenha escondido as mortes. Alegou que todos os óbitos que divergiam do dado oficial aconteceram em um período após o encerramento do estudo. Além disso, acusou médicos de alterar uma planilha interna para tentar comprometer a operadora.

O diretor ainda completou que todas as acusações são “infundadas” e que processo no Ministério Público do Trabalho foram arquivados.

ESTUDO COM CLOROQUINA

O diretor da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, negou que a operadora de saúde tenha feito um estudo sobre o uso da hidroxicloroquina e que havia apenas uma “observação” executada pelos médicos e os dados eram reunidos.

Batista Júnior também disse que as prescrições eram feitas com o consentimento dos pacientes.

“Não foi um estudo essa observação dos 630 pacientes”, respondeu o diretor-executivo, ao ser questionado se esse estudo havia recebido autorização da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa). Disse que a Conep foi consultada apenas para casos “estruturados”

“Não houve autorização, porque não houve testagem [com a medicação]”, completou.

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