Ruy, Cartaxo e Queiroga apontam ‘influência do crime’ na eleição e pedem tropas federais
Os candidatos a prefeito de João Pessoa pela oposição, Luciano Cartaxo (PT), Marcelo Queiroga (PL) e Ruy Carneiro (Podemos), solicitaram, na manhã desta quarta-feira (11), a presença de tropas federais durante a campanha eleitoral na capital. O pedido acontece um dia após a Polícia Federal deflagrar a Operação Território Livre, que cumpriu mandados de busca e apreensão contra o “aliciamento violento” de eleitores no Bairro São José. Dentre os alvos está a vereadora Raíssa Lacerda (PSB).
O pedido, segundo Carneiro, foi protocolado junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). “Estamos aqui juntos pela nossa cidade, independente do resultado da eleição. Queremos eleição limpa e honesta. Que o cidadão possa ir votar como quiser. A luta continua. Estaremos juntos contra essa situação. Vamos no TRE protocolar o pedido de tropas federais”, anunciou o deputado.
Para Cartaxo, a medida se faz necessária para garantir a segurança no pleito. “Nós estamos aqui para defender eleições. O eleitor que vai definir o que quer para João Pessoa. E mais do que isso. Estou preocupado não com a minha situação. Mas com o cidadão de João Pessoa. A gente chega numa comunidade e a cidadão não tem o direito de receber um candidato na sua casa. A relação do crime com a Prefeitura de João Pessoa é gravíssima. A gente precisa ter o direito de ir e vir. Essa é a nossa questão central”, disse Luciano.
O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pontuou que apesar das divergências partidárias e ideológicas, a união se faz precisa. “Somos adversários políticos, mas não somos inimigos. Temos o dever de levar essas eleições de forma limpa, para fortalecer a democracia. Acompanho eleições em João Pessoa desde 1985 e nunca vi coisas como estamos vendo hoje. Organizações Criminosas que transformam a nossa cidade num estado comandado por criminosos. Precisamos cobrar das autoridades providências que garantam a segurança dos candidatos, que possam circular na cidade, levar sua mensagem ao eleitor. E, também, a segurança das pessoas, para que seja exercido o livre direito de voto. Não vejo outro caminho que não seja tropas federais”, pontuou o médico.
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