BH: Menina de 12 anos deixada morta em rua, foi estuprada e asfixiada
O agressor, de 25 anos, fez pressão no tórax de Ana Luiza até que ela ficasse sem ar durante o estupro. A menina também sofreu uma convulsão por conta da asfixia, segundo o laudo apresentado pela Polícia Civil em coletiva de imprensa na manhã de hoje.
Exames toxicológicos não detectaram drogas no corpo da menina. Isso derruba a versão do suspeito de que ela teria morrido após passar mal por ter consumindo “loló” – um tipo de droga.
Segundo a polícia, o homem agiu com a intenção de estuprar a menina desde o início, quando a convenceu a ir até sua casa. A corporação descartou a possibilidade de homicídio culposo – quando não há intenção de matar.
Além disso, o material genético encontrado no corpo da vítima tem o mesmo DNA do suspeito. Em depoimento, ele negou ter abusado da menina.
“Ele teve a intenção do estupro, levou a vítima até o local, efetuou o estupro e, no decorrer do estupro, fez o sufocamento. Mas não se preocupou com o resultado possível, e que veio ocorrer, que foi a morte. Ele não se propôs a socorrer a vítima”, destacou o delegado Leandro Alves Santos.
Vítima estava morta quando foi deixada na calçada. Segundo o delegado, o homem simulou socorro ao colocá-la deitada no passeio: “A vítima morreu muito próximo do momento da chegada na casa dele. […] Ele tentou simular que ela morreu do lado de fora da casa.”.
O agressor foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio, fraude processual e corrupção de menores. As penas, somadas, podem chegar a 54 anos de prisão.
O caso
Uma câmera de segurança registrou o momento em que a menina entra na casa do suspeito, por volta das 10h13 da manhã. Horas depois, entre 13h13 e 13h30, o homem é gravado saindo da casa com a menina no colo, desacordada e a deixa na calçada. Isso aconteceu no dia 16 de janeiro.
Vizinho reconheceu o suspeito como seu sobrinho e entregou as imagens para a PM. O homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso por suspeita de homicídio e encaminhado para a Central de Flagrantes, na região leste de Belo Horizonte.
UOL