Adam Britton, de 51 anos, é um pesquisador sênior da Universidade Charles Darwin, na Austrália, e um renomado especialista em crocodilos, que já trabalhou em produções da BBC e da National Geographic. Mas, na última segunda-feira (25/9), ele se declarou culpado por 60 acusações, incluindo tortura, estupro e morte de pelo menos 39 cães.

O crime acontecia em uma espécie de “sala de tortura” na casa do zoólogo, um contêiner que havia sido equipado com equipamentos de gravação. Ele compartilhava as imagens de seus crimes na internet, através do Telegram, sob pseudônimos. Um dos vídeos acabou sendo repassado à polícia australiana do Território do Norte (TN), que prendeu Britton em abril de 2022.

Durante a audiência na Suprema Corte do TN, os promotores relataram que o réu tinha um “interesse sexual sádico” por animais desde pelo menos 2014, e além de explorar seus próprios animais de estimação, ele manipulou outros donos de cães para que lhe dessem os deles. Muitos dos detalhes dos crimes de Britton eram tão explícitos e “grotescos” que o juiz alertou para algumas pessoas saírem da sala do tribunal, relatou a BBC.

Ele usava o site de classificados online “Gumtree Australia” para encontrar pessoas que muitas vezes doavam seus animais de estimação. Adam construía um “relacionamento” com as pessoas para negociar a custódia dos animais, que eram deixados devido a viagens ou compromissos de trabalho. Se elas procurassem Britton para obter atualizações sobre seus antigos animais de estimação, ele lhes contaria “narrativas falsas” e enviaria fotos antigas.

Dos 42 cães que ele abusou nos 18 meses que antecederam sua prisão, 39 morreram.

Extra

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