O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a operação da Polícia Federal, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (3). Ele foi alvo de investigação da corporação sobre irregularidades em dados de vacinação contra a Covid-19. Em busca e apreensão na sua residência em Brasília, os agentes apreenderam seu celular.

Em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, Bolsonaro relatou a abordagem dos agentes da PF e como ocorreu a busca e apreensão. O ex-presidente se emocionou ao falar do momento em que pegaram o cartão de vacinação da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

“Acharam ali o cartão de vacina da minha esposa, a Michelle… tiraram fotografia do cartão de vacina dela. A suspeita era de fraude. Ela foi vacinada em 2021 nos Estados Unidos. E eu não tomei vacina lá, não tomei em lugar nenhum. Ela tomou a vacina Janssen. Passou mal logo na volta para o Brasil. No ano passado, ela voltou a ter uma crise, e o médico falou que era por causa da vacina”, disse Bolsonaro.

O liberal aproveitou a oportunidade, também, para se defender das acusações de que havia fraudado o seu próprio cartão de vacina. Bolsonaro garantiu que não houve nenhum tipo de fraude e até citou um exemplo que ocorreu na Itália, onde não era permitido entrar sem vacina, mas como chefe de Estado, ele foi liberado a entrar.

Mas de acordo com a TV Globo, ocorreu fraude no cartão de vacinação do ex-presidente e de sua filha, Laura, em 21 de dezembro passado, pouco antes de viajarem para os EUA — no penúltimo dia de mandato. Após ser lançado no ConecteSUS, é possível gerar um comprovante de imunização. Os dados foram retirados do sistema em 27 do mesmo mês.

Além disso, Jair Bolsonaro reclamou de uma suposta perseguição contra ele, citando os casos das joias e outros itens de acervo pessoal. O ex-mandatário comparou sua situação com os de outros presidentes, incluindo o atual Chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Essa questão de hoje, receber a PF na sua casa, não há dúvida de que é o que eu chamei de operação para te esculachar. Poderiam perguntar sobre vacinação para mim, sobre o cartão, eu responderia, sem problema nenhum. Agora é uma pressão enorme, 24 horas por dia, o dia todo, desde antes de assumir a Presidência, até agora. Não sei quando isso vai acabar”, declarou.

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