O governo federal enviou ao Congresso um projeto de lei que abre crédito suplementar de R$ 4,1 bilhões para o orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para financiar projetos.

Em visita nesta quinta-feira (30) ao superlaboratório Sirius, em Campinas (SP), a ministra Luciana Santos afirmou que, se aprovado, o recurso do fundo subirá para R$ 9,6 bilhões.

“O presidente mandou um projeto de lei ao Congresso Nacional, um PLN, que portanto terá mais celeridade, na perspectiva de recompor plenamente o Fundo Nacional da Ciência e Tecnologia no Brasil. Então passará de quatro e poucos bilhões para quase R$ 9, R$ 9,6 bilhões”.

A ministra já havia afirmado, em janeiro, que o governo faria a recomposição “integral” do FNDCT. O anúncio ocorreu durante a posse do cientista Ricardo Galvão como presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Luciana Santos também visitou outros laboratórios do Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM), organização privada supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e que abriga o Sirius.

Principal projeto científico do governo federal, o Sirius é um laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, que atua como uma espécie de “raio X superpotente” que analisa diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.

Atualmente, sete linhas do laboratório estão em funcionamento e outras quatro devem começar a operar em breve.

Antes, a ministra esteve na Unicamp, onde conheceu um centro de treinamento com robôs e realidade virtual para formação de médicos.

Verba para o CNPEM
A ministra afirmou que, se houver aprovação do crédito extra, parte da verba será repassada para o Sirius. Luciana Santos definiu o superlaboratório como “joia da coroa” da ciência nacional.

Luciana contou que esteve, na semana passada, com o diretor-geral do CNPEM, Antonio José Roque da Silva, e ele expôs que o centro precisa de R$ 270 milhões para os projetos.

“O Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia é o único capaz de fazer esse aporte de investimento, então nós já temos… claro que tem uma parte que já está em curso, que é possível a gente dar celeridade”, disse a ministra.

Segundo o diretor-geral do centro, a instituição não recebeu recursos do governo no segundo semestre.

“Na verdade, o ano passado foi muito difícil. O ministério assinou um termo, vamos dizer assim, um contrato pra transferência de recurso, mas deixou a conta pra ser para pagar agora esse ano”, informou.

g1

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