O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou nesta quarta-feira (22) a operação que prendeu criminosos que planejavam ataques contra o senador Sergio Moro (União-PR) e outras autoridades. Pacheco prestou solidariedade a Moro e disse que os planos contra o senador são uma agressão ao Senado.

“É um acontecimento que extrapola os limites da sua esfera pessoal e da sua família. É um atentado à instituição Senado Federal. Tomamos todos nós, senador Sergio Moro, como uma agressão ao Senado Federal”, disse.

“A violência em função e que tem como causa alguém que tenha exercido a sua função e suas atribuições constitucionais e seus poderes investidos é algo muito intolerável e acaba sendo uma agressão às instituições, neste caso ao Senado Federal, e uma agressão ao Estado de Direito e à democracia”, completou Pacheco.

Pacheco também disse que, como presidente da Casa, vinha pessoalmente tomando medidas pela segurança do senador.

“Desde há algum tempo, eu, pessoalmente, estava cuidando dessa questão para que o Senado pudesse garantir tudo que fosse possível para a segurança do senador Sérgio Moro”, afirmou Pacheco em entrevista coletiva.

De acordo com as investigações, os suspeitos planejavam, inclusive, homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação. Os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea.

A retaliação a Moro era motivada por mudanças no regime de visitas em presídios. Criminosos também trabalhavam com a ideia de sequestrar o senador como forma de negociar a liberação de Marcola. Ao menos dez criminosos se revezavam no monitoramento da família do senador em Curitiba, segundo agentes.

Segundo Pacheco, ele tem colocado todo “empenho para garantir a segurança de todos os senadores, inclusive do senador Sergio Moro”.

Em discurso no plenário, Moro se disse “alarmado” com a escalada do crime organizado no país.

Ainda segundo o senador, o plano para atingi-lo revela uma ousadia talvez maior que os ataques a cidades do Rio Grande do Norte, na última semana.

“Fatos de hoje revelam uma ousadia que, se é não maior [que os ataques no RN], é assustadora”, completou.

O senador pediu apoio dos senadores para aprovar um projeto de lei, apresentado por ele nesta quarta, que estabelece como crime a conspiração e o ordenamento de ataques a agentes públicos com o objetivo de atrapalhar investigações contra organizações criminosas.

O texto apresentado por Moro prevê pena de 4 a 12 anos e multa para quem solicitar ou ordenar a alguém a prática de violência ou de grave ameaça contra agente público, advogado, jurado e testemunha a fim de atrapalhar o andamento de investigação, processo e qualquer medida contra o crime organizado ou contra crimes praticados por organização criminosa.

A outra pena proposta por Moro é para aqueles que conspirarem para essas práticas. A pena sugerida pelo senador é a mesma: reclusão de 4 a 12 anos, e multa.

G1

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