O Carnaval que o brasileiro conhece está de volta às ruas depois de anos de restrições em decorrência da pandemia da Covid-19. Considerado o Natal do turismo no país, por conta da alta demanda de viagens, o feriadão de fevereiro gera boas expectativas em todo o país, até mesmo em locais menos populares nesse período, como a Paraíba, que estima uma ocupação hoteleira de 80% dos leitos.

A previsão dos gestores do setor é voltar ao patamar de hospedagens de 2020, quando os foliões foram às ruas pela última vez. Apesar de marcar uma retomada positiva, a taxa não ultrapassa os resultados do último Réveillon paraibano. Segundo dados divulgados pela presidente da PBTur, Ruth Avelino, a virada de ano no estado proporcionou 95% de reservas nos hotéis e nas pousadas, do litoral ao sertão.

De acordo com Ruth, há três perfis de turistas que escolhem passar o Carnaval na Paraíba. “O visitante que prefere descansar costuma escolher destinos como João Pessoa e as cidades do Brejo e do Cariri. Já os que preferem festas costumam viajar para Lucena, Baía da Traição e Conde, por exemplo. Existe também um público expressivo que passa esses dias em Campina Grande, cidade com uma grande programação religiosa” explicou ela referindo-se ao Carnaval da Paz.

No Brasil, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que a festa deverá movimentar R$ 8,2 bilhões na economia. Se confirmado, o valor será 27% maior que o mesmo período do ano passado, porém ainda inferior a 2020.

Segundo o economista Horácio Forte, a classe empresarial de diversos segmentos está otimista com os próximos dias, considerando a demanda reprimida já que, depois de dois anos sem a liberação de aglomerações, as pessoas tendem a aproveitar ao máximo o feriado, consumindo mais produtos e serviços. “É um cenário muito satisfatório. O nosso país tem uma tradição muito forte de Carnaval e ficamos muito tempo sem poder estar junto para celebrar um marco tão importante da nossa cultura. Os empresários de vários setores contam com esse momento, desde a agência de viagens até o taxista, passando pelos bares e restaurantes”, disse Horácio, que é presidente da H. Forte Soluções Educacionais, associada à Fundação Dom Cabral (FDC) na Paraíba e em Pernambuco.

“Temos visto taxas altas de ocupação hoteleira em várias partes do país e muitas companhias aéreas divulgando voos extras. Isso é uma prova clara do reaquecimento da economia. O importante é que toda a cadeia esteja preparada para receber e servir os turistas do mercado interno e externo. Até porque quem é bem tratado volta”, concluiu.

MaisPB

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