O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que está no exercício da presidência do Senado Federal, disse, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que os prejuízos causados à Casa Legislativa por vândalos no dia 8 de janeiro gira em torno de R$ 4 milhões.

À publicação, Veneziano garantiu que o Senado vai cobrar a quantia dos golpistas. “Vamos dar cabo às ações em âmbito civil e criminal, com direto a bloqueio de ativos, sequestro de bens, arresto, tudo o que for possível”.

No Supremo Tribunal Federal (STF), o estrago foi ainda maior, segundo Veneziano. “Vai ficar em algo como R$ 10 milhões”, adiantou o senador.

Os números oficiais do dano ao patrimônio público ainda não foram divulgados.

Relembre o que ocorreu

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro.

A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com o grupo ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois, os apoiadores de Jair Bolsonaro quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa.

Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram vidros e móveis.

As imagens mostram que o efetivo de policiais militares que estava nas proximidades do Congresso Nacional usou sprays de pimenta em uma tentativa sem sucesso de conter os vândalos, que entoavam palavras de ordem golpistas.

Reações aos ataques

O ataque gerou reações imediatas nos diversos escalões do poder. Após as invasões, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decretou intervenção federal no Governo do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.

Nas primeiras horas dessa segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), seja afastado do cargo por, pelo menos, 90 dias.

O governador João Azevêdo classificou o ocorrido como “terrorismo” e defendeu que os atos precisam estar sob a visão mais dura possível da Justiça brasileira para que os responsáveis sejam punidos e responsabilizados. Já a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) repudiou os ataques e cobrou punições.

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