Antes de deixar o Egito, Lula se encontra com secretário-geral da ONU e autoridades europeias
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu nesta quinta-feira (17) com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, em Sharm el-Sheikh, no Egito.
Em uma publicação nas redes sociais, a equipe de Lula escreveu que “o Brasil está voltando a ter um diálogo positivo e construtivo com o mundo”. Os temas tratados no encontro, no entanto, não foram informados até o momento.
No primeiro discurso na COP-27, Lula afirmou que pediria a Guterres que um dos estados da Amazônia sediasse uma nova edição da conferência sobre o clima, em 2025.
“Nós vamos falar com o secretário-geral da ONU [António Guterres] e pedir para que a COP de 2025 seja feita no Brasil e, no Brasil, seja feita na Amazônia. E, na Amazônia, tem dois estados aptos a receber qualquer conferência internacional, que é o estado do Amazonas e o estado do Pará.”
O encontro foi um dos últimos compromissos realizados por Lula durante a participação na COP-27, evento que reúne representantes de vários países para debater as mudanças climáticas e negociar acordos na área ambiental.
Além da reunião com António Guterres, Lula se encontrou com a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e com o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide.
A equipe do presidente eleito ainda não confirmou quando ele deixará o Egito rumo a Portugal. Ele deve se reunir nesta sexta-feira (18) com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro português, António Costa.
Lula na COP-27
O presidente eleito desembarcou em Sharm el-Sheikh na última segunda-feira (14). Ele atendeu a convites do presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi, e do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
Foi a primeira viagem de Lula ao exterior desde que venceu Jair Bolsonaro (PL), nas urnas.
Em outra agenda nesta quinta-feira, o presidente eleito reafirmou compromissos feitos durante a campanha eleitoral.
Ele falou sobre o desejo de contar com representantes de povos indígenas dentro do governo e que tem a “obrigação moral, ética e política” de reparar danos causados aos povos originários.
Ao participar de outro evento, organizado por membros da sociedade civil, Lula defendeu que “não adianta falar em responsabilidade fiscal” sem tratar de avanços na área social.
“Eu fui fazer um discurso para os deputados e eu fazia o discurso que eu dizia na campanha, sabe? Que não adianta falar em responsabilidade fiscal, a gente tem que começar a pensar em responsabilidade social”, disse o presidente eleito nesta quinta.
Fonte: g1