Morreu no último domingo (24), em um hospital do Derby, Centro do Recife, o narrador Roberto Queiroz, de 71 anos, da Rádio Jornal. A causa da morte ainda não foi revelada pela família. O sepultamento aconteceu nesta segunda-feira (25), no cemitério Parque das Flores, no bairro de Tejipió, na Zona Oeste do Recife, em cerimônia privada a amigos e familiares.

Roberto Queiroz era um dos nomes mais experientes do rádio pernambucano, sendo presença marcante em diversas conquistas dos clubes locais, como nos títulos do Brasileiro de 87 e da Copa do Brasil de 2008, ambos do Sport. Na campanha da Copa do Brasil, O Garganta de Aço ficou marcado com a narração do gol de Durval na vitória por 3 a 1 contra o Internacional. “É cacete”, gritou o narrador após o gol rubro-negro.

Roberto também esteve muito presente em outras conquistas dos times recifenses. A torcida alvirrubra escutou através da sua voz marcante o título pernambucano conquistado nos pênaltis diante do rival Sport, encerrando um jejum  de 53 anos. Ele também narrou os dois gols do Timbu na vitória por 2 a 0, contra o Santa Cruz, que garantiu o título pernambucano de 2001, ano do centenário.

Pelo lado Tricolor, a lenda do rádio pernambucano narrou a virada épica contra o Náutico em 1993. Com um jogador a menos e perdendo por 1 a 0, o Santa Cruz fez dois gols faltando cinco minutos para o fim da partida. “Parreira perdeu, Célio chutou… Gooool do Santa”, narrou Roberto. Outra narração especial foi do golaço de Gilberto contra o Sport, na Ilha do Retiro, em 2011, que abriu os caminhos para o título estadual daquele ano.

Roberto Queiroz começou sua carreira em Caruaru. Além da Rádio Jornal, ele trabalhou nas rádios Clube e CBN. O Garganta de Aço também trouxe emoções da Copa do Mundo para os pernambucanos. A última que teve sua participação foi a de 2018, na Rússia.

O Governador de Pernambuco Paulo Câmara emitiu uma nota de pesar.

“Pernambuco lamenta a partida da voz que embalou, por décadas, a paixão dos torcedores de futebol no nosso Estado. Roberto Queiroz tinha espaço cativo no coração dos que acompanhavam o esporte pelo rádio, com sua narração emocionante, possante e inconfundível. Talento que o fez ser reconhecido entre os melhores radialistas esportivos do País, além de referência para as novas gerações de profissionais de sua área. Deixará saudades entre incontáveis admiradores, que se lembrarão das importantes conquistas narradas pelo Garganta de Aço, como era chamado. Quero externar minha solidariedade aos familiares, amigos, colegas de profissão e a todos os ouvintes desse pernambucano que engrandeceu ainda mais a nossa terra”.

Folha PE com Polêmica Paraíba

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