A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher durante o show da cantora Luísa Sonza, em Porto Alegre (RS), no último sábado (16/7). Alice Moraes, de 27 anos, teria passado mal durante a apresentação e a família alega negligência no atendimento pela empresa responsável pelo serviço médico do evento.

A causa da morte ainda não foi divulgada, uma vez que o processo depende da perícia, que pode levar até 30 dias para ser concluída. Os envolvidos serão ouvidos a partir desta terça-feira (20/7).

De acordo com o delegado Alexandre Vieira, responsável pelo caso, ainda é “prematuro falar em negligência”.

“Estamos ouvindo as pessoas que participaram do evento, produtores, atendentes, medicos e amigos. Mas, o principal é aguardar o resultado da perícia, para apurar a causa mortis. Segundo dados preliminares do atendimento no local, consta que a vítima teria tomado apenas uma cerveja e que ela tinha histórico cardíaco”, informou ao Metrópoles.

Falta de atendimento
Segundo relatos, Alice teria passado mal após cerca de 30 minutos de show, e avisado que iria ao banheiro. Porém, por volta das 2h da manhã, uma das amigas recebeu uma mensagem pelo celular dizendo que a vítima tinha passado mal e estava na ambulância.

A irmã de Alice que também estava no show, Andreia Moraes, reclama de negligência no atendimento.

“Não estava sendo atendida, não estava com acesso [para receber medicamento], não tinha tomado qualquer tipo de medicação, não estava sendo monitorada de nenhuma forma. Eu questionei à profissional se tinham dado alguma medicação, se tinham visto [os] sinais vitais”, contou, em entrevista ao G1.

A profissional de saúde teria respondido que não estava autorizada a introduzir medicação por conta de uma cirurgia bariátrica que Alice tinha feito anteriormente. “Disse que a gente tinha que tirar ela dali, porque ela já estava há muito tempo. Só precisava ir para casa dormir”, completou.

Andreia relata que ao perceber a perda de sinais vitais de Alice chamou outra vez a equipe médica. Só então eles teriam levado a jovem para dentro da ambulância e tentado um procedimento para reanimá-la.

“Ela já estava roxa, a boca roxa, já não tinha nenhum tipo de resposta, e eles me tiraram de dentro da ambulância para começar as manobras de ressuscitação. Depois, sei lá, uma meia-hora, chegaram duas ambulâncias: uma da mesma empresa e outra do Samu. Já tinha chegado polícia, enfim, mas ela já tinha ido a óbito”, afirmou.
A Opinião Produtora, responsável pela realização do show, afirmou que seguiu todos os protocolos e exigências recomendados a qualquer evento de grande porte.

A empresa Transul, responsável pela ambulância, declarou que a paciente recebeu todo atendimento e assistência possível. Segundo a companhia, todos os protocolos foram seguidos, menos a remoção da paciente, porque ela faleceu durante o deslocamento do Samu.

Metropoles

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