O “Dinizismo” parecia viver seu momento de auge quando o Fluminense bateu o Atlético-MG em casa. Mas a montanha-russa que os times do treinador vivem começou a cair. O empate por 0 a 0 com o América-MG na 12ª rodada do Campeonato Brasileiro evidencia que ainda há um longo caminho em busca do equilíbrio para que o torcedor possa se empolgar de fato. Mesmo com um a mais desde os 10 minutos do primeiro tempo, o Tricolor foi indefensável. Aquele 5 a 3 com o Galo foi a única vitória nas últimas cinco partidas.

Fernando Diniz disse após a derrota para o Atlético-GO no Maracanã que a expulsão de David Braz influenciou “quase totalmente” no resultado. Se perder um jogador aos 20 do primeiro tempo pesa contra, o quanto deveria pesar a favor ficar com um a mais por 91 minutos? Para o Flu, aparentemente nada. No Independência, foi o Coelho quem se organizou e criou as melhores chances, merecendo até sair com os três pontos.

O Fluminense terminou a partida fora de casa com 78% de posse de bola. Foram 20 chutes, mas só três deles no gol, todos no segundo tempo e com a contribuição de Nonato, o melhor em campo. Na rodada passada, foram apenas quatro finalizações no alvo. Diante do Atlético-MG, o número sobe, indo para nove (foram cinco gols marcados). Contra o Juventude, no alagado campo do Alfredo Jaconi, duas bolas na direção do gol e no clássico com o Flamengo foram seis (um gol feito). Ou seja, uma média de 4,8 que estabelece o padrão.

Mas não é apenas a falta de chutes que traduz os problemas. O Fluminense terminou o jogo com um lateral, um zagueiro, um volante, dois meias e cinco atacantes de ofício. Mas o “tudo ou nada” começou cedo, ficando com cinco homens de frente já após o intervalo. Com setores espaçados, a única boa notícia foi Nonato. Vaiado sempre que tocava na bola, Wellington novamente foi mal e não justificou a confiança que Diniz tem depositado nele.

PADRÕES E PROBLEMAS

No recorte das últimas cinco partidas, o Fluminense sempre teve uma “desculpa” para o que deu errado. Hugo Souza e a brilhante atuação no clássico, o gramado do Alfredo Jaconi e a expulsão de David Braz. Desta vez, as próprias limitações pesaram. Caio Paulista mal atuou na lateral-esquerda no primeiro tempo, mas até inverteu com Samuel Xavier após o intervalo, sem render em qualquer um dos lados. Mesmo com Cris Silva e Pineida machucados, Marlon ainda não conseguiu confiança o suficiente para jogar.

O Fluminense publicamente está no mercado em busca de dois atacantes, um para a vaga de Luiz Henrique e outro para a posição de Fred. O primeiro nome no alvo é o de Marrony, mas a pergunta que fica é o quanto somente esse setor vai resolver as dificuldades do time. Seja como for, a instabilidade sobre parecer que está próximo das soluções e mostrar que ainda está distante em questão de dias acaba complicando qualquer sonho de G6 para o Tricolor.

– O que falta é um pouco mais de treino. Ter um cara com a característica do Luiz Henrique no outro lado do campo, com pé trocado. Porque quando você joga com a linha muito baixa, precisa tirar rápido a bola para fazer os cruzamentos e entrar no preenchimento de área melhor do que fizemos hoje. Acho que o que mais precisa para jogar melhor é treinar situações como essa. É uma coisa que a gente praticamente não treinou, embora eu treine muito – justificou Diniz.

Com o resultado, o Flu chega aos 15 pontos e vai para a décima posição do Brasileirão. Já os mineiros tem a mesma pontuação, mas ficam em 12º. Na próxima rodada da competição, o Fluminense recebe o Avaí no Maracanã no domingo, às 19h.

Fonte: terra

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