Entenda o principal desafio de Maurício Souza no Vasco
A escalação do Vasco é sabida e os méritos também. E se a equipe está no G4, invicta e vem de vitórias seguidas, deve ter pouca coisa para Maurício Souza mexer em relação ao que era trabalhado por Zé Ricardo, certo? Certo. É pouca coisa, mas é uma grande mudança que precisa ocorrer: no desenvolvimento das virtudes ofensivas da equipe.
Porque a defesa vascaína é forte, não há novidade. Cinco gols sofridos em 12 jogos. É das melhores da Série B do Campeonato Brasileiro. Já o ataque é o sexto pior, com 12 gols marcados. E exatamente porque tem pouco volume. O Vasco cria pouco e, consequentemente, chuta pouco nos gols adversários. Tornar o time mais ofensivo é a missão de Maurício.
– Quando falamos do processo de evolução da equipe, falamos de maneira geral. É claro que o Zé buscou uma ideia, fortaleceu essa ideia, que era ter um sistema defensivo muito forte, e isso foi dando resultado. E é claro que o próximo passo seria ter um time com um pouco mais de posse, de repente com uma linha de marcação um pouco mais alta. Isso era a ideia do Zé – revelou Maurício, quando apresentado, ao revelar a conversa com o antecessor. E seguiu:
– Tanto era que já vem acontecendo. O próprio Emílio (Faro, auxiliar-técnico da comissão permanente) falou, na entrevista dele que, no jogo contra o Náutico, o mérito da vitória pertencia ainda ao Zé. Porque quem trabalhou a equipe até então foi ele. E o Emílio, com toda a sabedoria de vários anos de futebol, um cara extremamente experiente e leal, o que ele fez: foi e deu sequência no que estava sendo feito, e que já se mostrou uma evolução. Mas não pode parar por aí – pregou o novo técnico do Vasco.
Os números comprovam que o próximo passo é melhorar ofensivamente. Confira dados extraídos do Footstats:
– O Vasco tem a terceira menor média de finalizações totais: 11,08. Atrás apenas de CRB e Tombense. Cruzeiro, Náutico e Bahia são os que mais finalizam.
– Empatado com o CSA, o Vasco é o sexto time que menos finaliza no alvo: média de 3,75 por jogo.
– Somente 11º time com mais posse de bola: 49,93%
Não há, porém, uma relação direta, em números, que comprove a evolução apontada por Maurício Souza. Contudo, o time fez, contra o Náutico, na última terça-feira, três gols no mesmo jogo pela primeira vez após três meses.
– Contra o Cruzeiro: sete finalizações, sendo duas no alvo. Posse de bola: 41,37%.
– Contra o Náutico: sete finalizações, sendo seis no alvo. Posse de bola: 54,49%.
– Contra o Grêmio: 15 finalizações, sendo quatro no alvo. Posse de bola: 53,56%.
– Contra o Brusque: 12 finalizações, sendo seis no alvo. Posse de bola: 46,55%.
– Contra o Guarani: 17 finalizações, sendo cinco no alvo. Posse de bola: 45,96%.
– Contra o Bahia: seis finalizações, sendo uma no alvo. Posse de bola: 41%.
– Contra o CSA: 14 finalizações, sendo seis no alvo. Posse de bola: 43%.
– Contra o Tombense: nove finalizações, sendo três no alvo. Posse de bola: 55,76%.
– Contra a Ponte Preta: 15 finalizações, sendo duas no alvo. Posse de bola: 46,05%.
– Contra a Chapecoense: nove finalizações, sendo uma no alvo. Posse de bola: 50,54%.
– Contra o CRB: 12 finalizações, sendo cinco no alvo. Posse de bola: 53,52%.
– Contra o Vila Nova: dez finalizações, sendo cinco no alvo. Posse de bola: 59%.
Fonte: terra