Não passou despercebido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) o fato de que o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Tacima, Juarez Arcanjo (MDB), teria gasto em apenas quatro meses de 2020, ano de eleições municipais, R$ 5.741,50 em combustíveis, totalizando uma média de R$ 1.435,37 por mês, o que representa cerca de 300 litros de combustíveis.

O que chamou a atenção foi o fato de que a sessão da Câmara de Tacima ocorre apenas uma vez a cada 15 dias e que naquele período as atividades na casa legislativa estavam paralisadas por conta da pandemia de covid-19.

Com 300 litros por mês, em um carro Sienna Atractive ano 2014, alugado pela Câmara para o seu uso, seria possível rodar cerca de 3 mil km, distância menor do que João Pessoa a São Paulo, por exemplo.

Mas não para por aí. O Sienna teria sido locado pelo valor de R$ 3.400, o que seria um valor acima do que é praticado no mercado. O presidente teria justificado que o valor foi maior porque incluíria um motorista. Porém, as informações que constam na denúncia é de que o veículo era conduzido exclusivamente pelo vereador.

De acordo com o promotor Henrique Cândido Ribeiro de Morais, da Promotoria de Justiça Cumulativa de Araruna, se as denúncias se mostrarem procedentes, o ex-presidente da Câmara pode ser denunciado por improbidade administrativa, “independentemente das searas criminal e administrativa”.

O promotor deu 15 dias para que Juarez Arcanjo apresente a sua defesa por escrito e permitiu que ele leve um advogado para que tenha amplo acesso aos autos nos quais constam as denúncias contra ele. Ele solicitou também a juntada dos processos do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba de prestações de contas da Câmara de Vereadores de Tacima/PB, nos exercícios financeiros de 2019 e 2020.

Confira:

PB Agora

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.