Setenta e cinco dias após renunciar ao governo do Estado, Eduardo Leite (PSDB) anunciou que disputará nas urnas um novo mandato de quatro anos à frente do Palácio Piratini. A confirmação, já delineada nas últimas semanas, foi dada em entrevista coletiva no início da tarde desta segunda-feira (13) na sede do PSDB, no centro de Porto Alegre, com a presença de diversas lideranças políticas.

Entre elas o governador Ranolfo Vieira Júnior, que era o candidato do partido para a sucessão, mas abriu mão em nome da continuidade do projeto. A avaliação política é de que a candidatura de Leite acaba se impondo, por ele ter maior envergadura política e eleitoral, conforme demonstram as pesquisas realizadas até o momento. Leite disse que começou a amadurecer a ideia de disputar um novo mandato em janeiro, ante dificuldades para manter a base de apoio unida em torno de outro candidato e de apelos que passou a receber de setores empresariais pela continuidade.

“O Rio Grande do Sul virou o jogo, mas o jogo não terminou. Me sinto responsável e comprometido para que o Estado não se perca no caminho, não tenha retrocessos. Temos contas e salários em dia, fazendo investimentos e isso nos faz sonhar com o futuro. Antes não tínhamos noites de sono, com credores batendo à porta” afirmou o pré-candidato tucano.

Com berço político em Pelotas, no sul do Estado, Leite buscou alçar voos nacionais e disputou as prévias do PSDB para concorrer à Presidência da República. Perdeu a disputa, mas, ainda assim, deixou o cargo de governador em 31 de março, de olho na eleição nacional — na expectativa de que o adversário, o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), desistisse em seu favor.

Doria até acabou capitulando, mas o PSDB decidiu apoiar a senadora Simone Tebet (MDB) na disputa pelo Palácio do Planalto. Leite, então, voltou as atenções ao Rio Grande do Sul.

GZH

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