Os suspeitos de integrar duas facções criminosas, alvos da operação Cérbero, que aconteceu nesta quarta-feira (1º), na Paraíba, torturavam mulheres que se envolviam com eles, afirmou o delegado Walter Brandão, durante entrevista coletiva sobre o caso. De acordo com o delegado, a forma de tortura mais utilizada era tiros nas mãos das vítimas, e os suspeitos escolhiam datas específicas, como o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. 

“Verificamos muitas jovens que se envolviam com os criminosos e quando contrariavam seus interesses sofriam torturas. Escolhiam datas comemorativas, de forma que, no dia 8 de março, uma dessas jovens sofreu uma tortura dessas”.

A operação das polícias Civil e Militar, que cumpriu mandados no Brejo, Vale do Mamanguape, Região Metropolitana de João Pessoa e no Sertão, encontrou um cemitério clandestino na cidade de Jacaraú. Até o momento, três cadáveres foram encontrados, mas seguiram para o Instituto de Polícia Científica (IPC), onde devem passar por exames de DNA. 

De acordo com Walter Brandão, esses cadáveres podem ser de pessoas desaparecidas na região, nos meses de janeiro e fevereiro de 2022. Segundo o delegado, as investigações chegaram ao cemitério por causa do grande número de desaparecimentos nos locais de atuação desses grupos. As organizações eram lideradas de João Pessoa, com ramificações no Vale do Mamanguape e Brejo da Paraíba. 

A operação cumpriu 43 mandados de busca e apreensão, contra integrantes de dois grupos criminosos suspeitos de tráfico de drogas, homicídio, ocultação de cadáver, roubo, furto e receptação. Desse total, 20 suspeitos já estavam presos em unidades penitenciárias de João Pessoa, Sapé, Mamanguape, Jacaraú, Guarabira e Catolé do Rocha. Foram apreendidas 26 armas de fogo, 5 kg de cocaína e 13 veículos roubados.

G1

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