Davi Campolongo celebra apoio de João Carlos Martins na carreira
Davi Campolongo, atualmente no ar em “Poliana Moça” como o estudante Bento, relembra com carinho do período em que interpretou o maestro João Carlos Martins no filme “João, O Maestro”, de 2017. O ator, de 15 anos, afirma que é amigo do pianista até hoje.
“O maestro sempre me apoia, me liga, me pergunta como vou, pergunta de música, de futebol, a gente conversa muito. Falamos por telefone ou eu vou à casa dele direto”, comenta. Além da amizade, os dois são parceiros de trabalho: Davi e João participam de concertos lado a lado. “O maestro é um querido, estou com ele sempre, faço concertos com ele. O concerto é outra paixão, amo piano e música clássica”, afirma.
Davi diz que só teve o contato com o piano quando precisou fazer os testes para o filme do maestro. “Eu comecei a tocar piano para o filme do João, foi lá que tive o primeiro contato com o instrumento, já tocava outros, mas piano foi para o filme mesmo. Esse primeiro contato foi amor à primeira vista, me apaixonei e estou até aqui hoje”, explica.
“Esse contato com o maestro é uma experiência sem igual, ele é um gênio da música brasileira e inspira qualquer um. Ter interpretado ele na infância foi uma experiência única como ator e músico, foi espetacular”, celebra.
Davi, que também é músico, pretende continuar investindo neste setor. “Pretendo continuar com minhas músicas autorais, já trabalho em novas músicas, novos clipes. Eu amo muito esse lado, não paro de criar, de me envolver musicalmente, sempre tenho uma ideia nova, amplio meu leque por ser eclético”, conta.
Ao falar do clima no set de gravação no SBT, Davi faz elogios aos colegas de cena. Para ele, a união do elenco de “Poliana Moça” é um diferencial para a carreira. “No estúdio todo mundo é unido, a gente conversa nos bastidores e trocamos ideias. É legal que no elenco tem quem goste de fazer música, como eu, então, a gente canta junto. Sempre que tem um violão sobrando, a gente começa a cantar e dançar”, afirma. “É legal que um ajuda o outro e ninguém passa por cima. Todo mundo está se ajudando, na mesma vibração, trazendo leveza”, define.
Como as “idades batem”, Davi também se vê em algumas situações que o personagem Bento passa em “Poliana Moça”. “Nessa idade, todo mundo tem insegurança, muitos adolescentes se identificam com o Bento, até com o Éric, apesar dos lados ruins dele. É legal ver isso porque dá para trazer minhas situações para o personagem, todo dia na escola acontecem situações iguais às da Ruth Goulart”, observa.
Para o ator, Bento não é completamente mal. “O Bento é do bem, ele sabe o que é o certo e errado. Nas cenas que vemos, ele coloca o Éric no lugar. O Bento gosta do João, sabe o que é certo, mas para mim, ele é carente. Ele precisa ser popular, atrair garotas, tudo para se sentir melhor. Acredito que o Bento faz maldades também por ser manipulado pelo Éric”, pontua.
A característica principal de Bento, para Davi, é a insegurança do adolescente. “Percebi que o Bento tem uma insegurança grande ao que ele faz, ele não sabe se o que faz é bom, precisa de outras opiniões. Ele andando com o Éric tem a ver com essa falta interior, mas isso gera um atrito na relação com o João. Teremos desdobramentos”, diz, escondendo os próximos passos do personagem em “Poliana Moça”.
Apesar de não concordar com a postura do personagem, Davi se identifica com algumas características dele. “O lado musical me aproxima dele, ele é um garoto dedicado, estudioso. Os outros lados do Bento que vocês ainda vão ver e eu me identifico, vão chegar, mas devo segurar para não dar spoiler”, brinca.
Gravação na pandemia
Davi, que está em “Poliana Moça”, esperou dois anos para voltar ao set de gravações do SBT. O ator aproveitou o tempo longe da emissora para amadurecer. “Foi triste, doeu, mas foi importante porque eu amadureci para fazer o Bento. Quando eu gravei antes da pandemia eu tinha 13 anos e fazia um papel de 15, dois anos a menos. Tinha menos experiência, fazendo o papel de um garoto passando pela fase da adolescência”, analisa.
Para ele, agora as idades se encaixaram. “Isso ajudou demais o meu crescimento, até para interpretar com mais exatidão. Algumas cenas que virão, mostram que a idade contou demais”, comenta.
Davi também analisa que a pausa ajudou o processo criativo. “O Bento mudou bastante, ele era imaturo, ciumento, carente. Agora ele está amadurecendo, tem inseguranças, essa mudança precisa ficar perceptível. Então, na pandemia, eu acrescentei vivências minhas ao personagem”, finaliza.
Fonte: ig.com