Ministério Público abre investigação após denúncia de “funcionários fantasmas” em Lucena
O Ministério Público da Paraíba determinou a abertura de um procedimento preparatório para investigar denúncia de “funcionários fantasmas” na Prefeitura e na Câmara da cidade de Lucena, localizada a menos de 50 km de João Pessoa. A abertura do procedimento foi determinada pelo promotor Ronaldo José Guerra e publicada no Diário do MP da última sexta-feira (04), conforme apurou o ClickPB.
A investigação do caso começa depois de denúncia feita ao Ministério Público de que servidores estariam recebendo os seus salários normalmente mesmo sem prestar o trabalho acordado junto à Prefeitura e a Câmara de Lucena. O promotor determinou que a Câmara de Lucena seja oficiada para encaminhar documentação dos servidores denunciados em até 10 dias.
De acordo com o promotor, conforme apurou o ClickPB, a instauração do procedimento preparatório acontece devido à necessidade de realização de outras diligências para possibilitar esclarecimentos sobre o caso. Segundo aponta o documento, a partir de agora poderão ser tomadas várias providências no âmbito da investigação, como diligências preparatórias, notificações, tomada de depoimentos e declarações, além da requisição de documentos, perícias e informações, conforme as necessidades dos investigadores.
Confira o documento:
Recentemente a gestão municipal de Lucena se tornou alvo do Ministério Público Federal por irregularidades na vacinação contra Covid-19. Após denúncias repercutidas pelo ClickPB em primeira mão, as autoridades confirmaram que crianças tomaram, de forma irregular, vacinas para covid-19 que deveriam ser destinadas a adultos. Além disso, pelo menos 880 adolescentes e adultos teriam sido imunizados com doses consideradas fora da validade devido a irregularidades no armazenamento.
Como acompanhou o ClickPB, o MPF ajuizou uma ação civil pública, com pedido de liminar, contra a Prefeitura de Lucena, o prefeito Leo Bandeira e a técnica de Enfermagem que aplicou vacinas contra Covid-19 em crianças, por dano moral coletivo após as falhas na imunização. O MPF requer pedido formal de desculpas e R$ 1 milhão, a ser pago pelos três demandado.
Click PB