Andreas não engrena no Flamengo, volta a ser vaiado e demonstra abatimento às vésperas de decisões
O lado emocional de Andreas Pereira voltou a estar em pauta depois de sua fraca atuação contra o Vasco, em que perdeu a bola no gol dos rivais e passou a ser vaiado desde então. O Flamengo venceu o clássico, por 2 a 1, mas Paulo Sousa fez questão de abraçá-lo e falar ao pé de seu ouvido em dois momentos no Estádio Nilton Santos, no último domingo: ao ser substituído e na saída para o vestiário, após o apito final. O meio-campista estava cabisbaixo em ambos.
Andreas já tinha saído vaiado na última rodada da Taça Guanabara, no empate por 2 a 2 com o Resende. Sempre que tocava na bola o jogador ouvia os protestos dos rubro-negros nas arquibancadas, assim como Diego Alves e até Gabigol. Publicamente, Paulo Sousa apostou no discurso por “unidade”:
– Todos somos importantes e necessários. Em qualquer momento, bons e ruins, temos que estar muito unidos. Temos que estar muito próximos. Acho que a unidade vai fazer muita diferença. Temos uma nação cheia de energia que com certeza vai nos ajudar com que todos nós tenhamos performances muito elevadas, como é a exigência da torcida. Mas é uma unidade muito importante. Temos que estar todos juntos, dentro, mas também fora, o clube está à frente de todos nós. Na unidade vamos conseguir ajudar individualmente.
Amdreas vem em necessidade de recuperação psicológica depois da falha que custou o título da Libertadores para o Flamengo contra o Palmeiras. Neste Carioca, o meio-campista ainda não reencontrou seu melhor futebol e vem sendo constantemente contestado.
Contra o Madureira, por exemplo, escapou de ser expulso depois que empurrou um adversário. Contra o Vasco, voltou a levar um cartão amarelo bobo, externando o seu destempero quando não consegue desempenhar à altura de seu potencial. Está devendo muito, tanto defensivamente quanto ofensivamente.
E a pressão aumenta ainda pelo alto valor que o Fla está prestes a desembolsar por Andreas. Para assinar um contrato até dezembro de 2026, o Rubro-Negro sinalizou pagar 10,5 milhões de euros (R$ 63 milhões) ao Manchester United (ING), que permaneceria com 25% dos direitos. A operação está parada neste momento por conta de um processo do Banco Central, cuja ação poderá custar R$ 127 milhões em penhora. O fardo não é leve, e o camisa 18 se mostra ciente de que está longe de engrenar na “operação resgaste”.
Fonte: Terra