Não é de hoje que os clubes brasileiros estão apostando cada vez mais em técnicos estrangeiros, mas para o Corinthians, isso é uma novidade. O último gringo a comandar o Timão foi o argentino Daniel Passarela, em 2005. 17 anos depois, o clube parece caminhar novamente nessa direção.

Desde a desligamento de Sylvinho no dia 3 de fevereiro, após a derrota para o Santos na terceira rodada do Paulistão, a alta cúpula da diretoria alvinegra, encabeçada pelo presidente Duílio Monteiro Alves, afunilou a procura e estabeleceu a condição de que a preferência seria por um profissional estrangeiro.

Nomes como Jorge Jesus, Vitor Pereira, Paulo Fonseca, Nuno Espírito Santo e Luís Castro (único a receber proposta oficial do Timão) entraram em pauta, mas as negociações não evoluíram.

Dos 20 clubes da Série A do Brasileirão de 2022, seis possuem treinadores estrangeiros, e a tendência é que a liste ganhe mais dois nomes, tendo em vista que o Botafogo deve fechar com Luís Castro, e a diretoria do Timão evita negociar com um brasileiro no momento.

Desses seis times com um profissional do exterior, três são os que dominam o futebol brasileiros nos últimos anos: Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras. Todos, assim como o Corinthians, tiveram dificuldades nas negociações, mas só o Rubro-Negro na troca de Renato Gaúcho para Paulo Sousa, até o momento, demorou mais que o time do Parque São Jorge para oficializar a chegada do novo profissional: 30 dias.

Do momento em que Cuca deixou o Galo até a chegada de Antonio “Turco” Mohamed, o Galo demorou 16 dias. O mesmo número de dias foi o tempo no qual a diretoria do Verdão demorou para demitir Vanderlei Luxemburgo e oficializar a chegada de Abel Ferreira.

Além disso, em comparação com os três clubes citados previamente, o Corinthians caminha para ser o time a disputar mais partidas sem um treinador efetivo, já que Fernando Lázaro completou quatro jogos no comando interino do Timão, e é pouco provável que o Alvinegro tenha um novo técnico para o jogo de domingo (27), contra o Red Bull Bragantino, pelo Paulistão.

Tanto Flamengo como Palmeiras disputaram quatro jogos com seus treinadores interinos. O Atlético-MG não jogou nenhuma partida com um interino pois a saída de Cuca e a contratação de Mohamed ocorreram na intertemporada.

Muito da demora da diretoria do Corinthians se dá pela complexidade em negociar com um estrangeiro. Contratar um profissional de fora do país requer seus custos, não só financeiros, porque essas opções são mais caras por conta da grife e do câmbio, mas também de paciência.

Fonte: Terra

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