O Brasil estuda reduzir o prazo de quarentena de casos positivos assintomáticos de Covid-19, da variante Ômicron, de 10 para cinco dias, informou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Segundo o R7, ele também afirmou que a pasta analisa a possibilidade de permitir que servidores da saúde que tiveram diagnóstico positivo para a variante, mas que também não apresentem sintomas, possam fazer parte da linha de frente no atendimento aos pacientes com coronavírus.

Queiroga afirmou que deve se reunir nesta sexta-feira (7) com os chefes da Secovid (Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19) e da Secretaria de Vigilância Sanitária para avaliar os dois casos.

“Se eu não me engano, o CDC [Centros de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos] já deu essa recomendação [reduzir o isolamento dos pacientes assintomáticos com Ômicron]. O governo francês está, inclusive, autorizando profissionais de saúde que estão positivos a atender na linha de frente, por conta do número de casos. Então, isso está sendo analisado.”

Queiroga disse que há relatos na comunidade científica sobre a segurança de se adotar a redução da quarentena e a colocação de servidores assintomáticos no atendimento direto aos pacientes com Covid. As situações devem ser analisadas em conjunto com o corpo técnico do ministério antes de serem adotadas.

“Possivelmente [o país vai determinar as medidas], porque isso está sendo adotado em outros países e tem assento em evidências científicas. E aí é possível que nós adotemos a mesma conduta. Isso naturalmente que está em estudo na área técnica, na Secretaria de Vigilância em Saúde, na Secovid. Hoje eu tenho uma reunião com os secretários justamente para tratar sobre esses temas.”

A possibilidade de flexibilização nas medidas de segurança é estudada porque a variante Ômicron aparenta provocar efeitos menos graves do que a cepa Delta. A Ômicron predomina entre os novos casos de Covid-19 no Brasil, segundo o site Our World in Data, painel de dados da Universidade de Oxford. O número mais recente, de 27 de dezembro, aponta que 58,33% dos contágios por coronavírus eram dessa cepa.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.