A sensação que temos é de que o semiárido paraibano, está aumentando de tamanho, avançando para áreas, antes consideradas chuvosas, como é o caso do Brejo, que hoje está colapsado pela seca e da região da Grande Campina.

Há cerca de 10 anos, a conhecida ladeira do bosque, no distrito de São José da Mata, marcava a divisão entre o que era semiárido e o que não era, e as características ficavam evidentes no nosso campo de visão, que percebia muito claramente, o contraste da macha cinzenta com o verde da vegetação.

Ladeira acima, o verde e a fartura promovidas pela chuva, ladeira abaixo, o cinza e a dificuldade promovidas pela seca e pela falta de ação politica.

Atualmente, como já mencionado, esse cenário mudou, tanto ladeira acima, como ladeira abaixo, prevalece a seca, que avança cada vez mais, para perto do litoral.

No entanto, uma coisa precisa mudar, a atitude política. É necessário agir, enfrentando essa condição permanente que nos foi imposta naturalmente, a seca, tirando dela inclusive, o que de bom pode nos trazer.

Esse enfrentamento não se faz de outra forma, se não, promovendo segurança hídrica através da construção de açudes, barreiros, barragens e cisternas, entre outras alternativas. E o mais importante, concluir a transposição do Rio São Francisco, com suas necessárias adutoras, para possibilitar que a água chegue nas mais longínquas regiões da Paraíba e que serviam tanto para o consumo, como para a agricultura familiar.

No mais, aproveitar nosso potencial energético, pois aquilo que nos dizima, também pode ser a nossa redenção, o sol, capaz de nos dar, junto com os ventos, um sopro de esperança num futuro melhor, que nos projete no país, como produtor de energia.

Chegar a essa realidade, parece, mais não é um sonho impossível, basta que sociedades e governos se organizem e que, grande parte da classe política, deixe de ser preguiçosa e corrupta.

Negociar votos e dinheiro, a custo do sofrimento de quem vive os efeitos devastadores da seca, deveria ser crime passivo de prisão perpétua. Essa sociopatia, tem custado vidas e dignidade humana.

Os problemas do semiárido tem solução sim. Tanto aqui, como em todo o Brasil.

Lázaro Farias

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