CPI da Covid: Renan retira acusação de genocídio contra Bolsonaro e pacifica oposição
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), recuou e atendeu aos pedidos dos senadores para retirar do relatório final os crimes de homicídio e genocídio de indígenas atribuídos por ele ao presidente Jair Bolsonaro. As acusações serão substituídas, respectivamente, pelos crimes de epidemia com resultado de morte, cuja pena máxima chega a 30 anos, e por crime contra a humanidade.
“A questão pacificada é sobre o genocídio, que foi retirado. Acho que é uma boa atitude, o senador Renan Calheiros ouviu a argumentação de todos.”, disse o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ao sair da reunião do chamado G7, grupo majoritário de oposição que comanda a CPI, após jantar no apartamento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) na noite dessa terça-feira (19).
A atribuição do crime de genocídio era a grande controvérsia dentro da comissão e do grupo majoritário do G7. O presidente Aziz ressaltou que seria desnecessário manter a tipificação do crime de homicídio por já haver a caracterização do crime de epidemia com o agravante de resultar em morte.
Antes, ao deixar o apartamento de Tasso, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) já havia adiantado que o documento havia passado por mudanças. “Foram feitos apenas ajustes, nada significativo. O tempo de cadeia proposto ultrapassa os cem anos. Então, ajustaram-se os tipos de crime para dar mais precisão”, afirmou o o petista.
PB Agora com Congresso em Foco