O ministro da Saúde, médico paraibano Marcelo Queiroga, durante fala à imprensa nesta terça-feira (5), tentou justificar a sua decisão em ‘mostrar o dedo’ do meio para ofender manifestantes contrários à gestão do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante sua estada em Nova York, nos Estados Unidos, para participação na 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), há duas semanas.

Marcelo Queiroga disse ter trabalhado muito pelo Brasil, conseguido resultados importantes e que o ato de despreparo cometido por ele e que virou manchete internacional foi uma ‘falha humana’.

“Temos trabalhado muito pelo Brasil, temos conseguido resultados muito importantes, significativos no controle da pandemia. Nós somos humanos, né? É da natureza humana existirem falhas”, afirmou.

De acordo com matéria publicada pela Folha, Queiroga preferiu sair pela tangente ao ser questionado se havia arrependimento da parte dele quanto ao gesto.

“Nós sempre fazemos análise do que fazemos da maneira correta, do que podemos melhorar. É sempre um caminhar, sempre um avançar”, respondeu.

Pior momento

De acordo com analistas políticos, Queiroga vive o seu pior momento enquanto ministro da Saúde, mas, insiste em piorar cada vez mais a sua imagem defendendo de forma submissa e não racional o seu chefe maior, Jair Bolsonaro, nitidamente, apenas para se manter no cargo e, provavelmente, se lançar candidato a algum cargo político nas Eleições 2022 para tentar se perpetuar no meio do poder político.

Como exemplo de sua situação, já apontada como ‘irracionalmente submissa’, Queiroga tenta, incansavelmente, minimizar, ou até mesmo apagar, declarações polêmicas feitas de forma pública pelo próprio Bolsonaro.

Durante a entrevista desta terça, Queiroga disse à imprensa que o presidente não defendeu, na ONU, o chamado “kit Covid” ou o tratamento precoce contra o vírus.

“O presidente, na Assembleia, em nenhum momento falou em ‘kit Covid’. Ele falou em autonomia médica e na possibilidade de um tratamento para Covid-19″, frisou Queiroga.

Porém, Bolsonaro usou a tribuna da ONU para defender o dito “tratamento precoce” contra a Covid, prática que envolve medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.

Paraíba Rádioblog

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