Diretor da Precisa permanece em silêncio, e CPI quebra sigilo dele e de seu irmão
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — Durante sessão da CPI da Covid, o empresário e diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, usou o habeas corpus obtido junto ao Supremo Tribunal Federal e responde poucas perguntas colocadas pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL).
Trento se recusou a fazer o juramento de dizer a verdade.
O diretor da Precisa não quis fazer uso dos 15 minutos de fala destinados. Apenas responde perguntas esporádicas, como ao afirmar que tem participação na empresa Primacial e confirmou que atua na Precisa Medicamentos, como diretor institucional.
Quando questionado sobre informações envolvendo a negociação da compra da vacina Covaxin, intermediada pela Precisa Medicamentos, respondeu que, como diretor institucional, não é de sua responsabilidade atuar em negociações.
“Como diretor institucional, não participei das negociações”, afirmou.
O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), ironizou por duas vezes o silêncio do depoente. Na primeira, pediu para a mesa diretora da CPI que providenciasse um gravador para evitar que ele se cansasse ao responder “senhor relator, vou permanecer em silêncio”.
Em outro momento, Aziz quis testar se ele voltaria a repetir a mesma versão e perguntou se ele participou da morte do ex-presidente Getúlio Vargas. O depoente respondeu apenas “não”.
Avaliando que o depoente não estava colaborando, os senadores da comissão aprovaram requerimento das quebras de sigilo fiscal, telefônico, bancário e telemático de Danilo Trento e de seu irmão Gustavo Trento.