O Senado Federal marcou para a quarta-feira da semana que vem, dia 14, um pregão eletrônico para comprar 10 conjuntos de cama box e colchão mais 10 colchões de casal para mobiliar os apartamentos funcionais, localizados em Brasília.

Desde março de 2020, os senadores trabalham no regime home office e, portanto, a maioria deles está longe da capital federal. Os parlamentares só precisam ir a Brasília em ocasiões específicas, como a eleição para a Presidência do Senado em fevereiro.

O custo total da operação está previsto em R$ 35.421,30, sendo que cada “colchão de espuma casal” sairá por R$ 1.274,45 (total de R$ 12.744,50 pelas 10 unidades) e cada conjunto de cama box com colchão de molas (queen size) custará R$ 2.267,68 aos cofres públicos (total de R$ 22.676,80 pelas 10 unidades).  

O edital da compra exige alguns mimos para os senadores e os móveis têm características específicas. No caso da cama box, o tamanho é o “queen size” (um pouco maior que a cama de casal), que deve possuir “mola ensacada com tela de alta resistência” para até 150kg, “tecido jacquard bordado com manta de espuma”, “manta de feltro agulhado”, “sistema estabilizador nos cantos e laterais do colchão”. Por fim, precisa ser entregue “em saco plástico”.

No caso dos colchões de espuma, também 10 unidades, a densidade deve ser D-33 ou acima, é necessário ser fabricado com “tecido antialérgico em algodão ou algodão e viscose” e deve ter passado e contar com “tratamento antiácaro, antifungos e antimofo”. Também só serão aceitos se chegarem embalados em sacos plásticos.

De acordo com informações do site do Senado, apenas 17 dos 81 senadores não possuem imóveis funcionais – portanto, 64 têm direito ao apartamento de graça fornecido pela Casa.

Também disponível no site da Casa, a última licitação para comprar colchões e camas para os senadores havia ocorrido em outubro de 2018, quando foram adquiridos 30 conjuntos box de cama e colchão “queen size”, 70 conjuntos no tamanho solteiro com cama auxiliar, 30 colchões de espuma e 10 colchões de espuma casal. Normalmente, esses materiais têm durabilidade de 10 anos, segundo os fabricantes.

Vale lembrar que mais de 40% dos senadores possuem mais de 60 anos e, portanto, são considerados do grupo de risco da covid-19. Sendo assim, ficam em suas bases eleitorais e dificilmente vão a Brasília. 

Ao jornal O Estado de S.Paulo, o Senado informou que a compra das camas e colchões tem o objetivo de manter a “habitabilidade” dos imóveis funcionais. “Somente são trocados mobiliários em substituição de bens com elevado prazo de vida útil ou que apresentem avarias insanáveis”, afirma nota enviada pela assessoria de Pacheco.

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